“Quem compra mal, paga dobrado”: Prefeito de Sorocaba vira réu por suspeita de superfaturamento de R$ 11 milhões na compra de lousas digitais

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A Justiça de São Paulo colocou o dedo na tomada de uma polêmica que já vinha dando choque há tempos em Sorocaba. O prefeito Rodrigo Manga, conhecido pelos vídeos descontraídos nas redes sociais, virou réu em uma ação que investiga suposto superfaturamento de R$ 11 milhões na compra de lousas digitais para a rede municipal de ensino.

Também viraram réus na ação o ex-secretário de Educação Márcio Bortolli Carrara e a empresa Educateca, vencedora da licitação. A decisão foi assinada pelo juiz Alexandre de Mello Guerra, da Vara da Fazenda Pública de Sorocaba.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, que moveu a ação, o processo licitatório realizado em 2021 teria sido direcionado, limitando a concorrência e abrindo espaço para a contratação da Educateca por valores muito acima dos praticados no mercado. O prejuízo aos cofres públicos, segundo a promotoria, chegaria à casa dos R$ 11 milhões.

Como diz o velho ditado: “Onde há fumaça, pode haver churrasco… ou queima de dinheiro público!”

Ação por improbidade administrativa

Na ação, o MP acusa os envolvidos de ato de improbidade administrativa, alegando que houve má-fé e dano ao erário. O órgão pediu, inclusive, o bloqueio de bens dos investigados e o afastamento do ex-secretário de qualquer função pública.

Mas o juiz foi cauteloso. Apesar de aceitar a abertura do processo, ele negou os pedidos de bloqueio de bens e afastamento cautelar. Segundo o magistrado, ainda não há provas suficientes de que os réus estejam tentando esconder patrimônio ou obstruir a Justiça.

“Nada faz crer, por ora, que se está concretamente à beira de atos materiais que caracterizem ilícita dilapidação patrimonial por parte dos requeridos”, afirmou o juiz.

Sobre o afastamento do ex-secretário, ele disse que a medida seria “prematura e sem base objetiva”.

E agora?

Com o processo em andamento, os réus terão que apresentar defesa. O caso segue para a fase de produção de provas, e novas decisões — inclusive sobre bloqueios ou afastamentos — podem ser tomadas se surgirem elementos mais contundentes.

A situação põe pressão sobre o prefeito Manga, que ganhou notoriedade por sua presença marcante na internet, mas agora precisa mostrar serviço também nos bastidores jurídicos.

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🗞️ Comentário do JP Jornal O Popular:

“Quem muito fala, uma hora se explica. A Justiça determinou o andamento do processo e agora a bola está no campo da defesa. Se tem caroço nesse angu, os próximos capítulos dirão. O que não pode é a educação — que já anda com o giz curto — virar palco de falcatrua.”

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