Prefeitura de Marília escancara abandono e precariedade dos bens e prédios públicos

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O retrato do descaso: herança de oito anos de abandono

O prefeito Vinicius Camarinha (PSDB) não perdeu tempo e, em pouco mais de um mês de gestão, abriu a caixa preta da Prefeitura de Marília. O que se encontrou lá dentro? Um rastro de abandono e sucateamento deixado pelos últimos oito anos de administração. O inventário completo da situação dos bens e prédios públicos foi apresentado na quarta-feira (19), no Teatro Municipal “Waldir Silveira Mello”, com a presença de autoridades, imprensa e sociedade civil.

Como diz o ditado, “casa onde falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão”. E, neste caso, o que faltou foi gestão. O levantamento detalhou escolas caindo aos pedaços, unidades de saúde sucateadas, frota municipal destruída e contratos suspeitos. Tudo isso foi jogado para debaixo do tapete por anos, mas agora a poeira está sendo levantada.

Novo governo, novos desafios: prioridades estabelecidas

Em apenas 50 dias corridos e 34 dias úteis de governo, Vinicius Camarinha determinou que cada secretaria fizesse um raio-x da situação. “Estamos elegendo prioridades, e a ordem é clara: primeiro a Saúde, a Educação e a Assistência Social”, destacou o secretário municipal da Administração, Cesar Fiala. Ele ressaltou que a equipe está determinada a virar o jogo, apesar das dificuldades.

O vice-prefeito Rogério Alexandre também não mediu palavras: “A frota municipal está sucateada, as escolas estão caindo aos pedaços e a cidade está cheia de buracos. A população cobra melhorias, e a gente está aqui para dar resposta”.

Dívidas e rombo financeiro: um passivo de R$ 1,5 bilhão

No balanço divulgado, a Prefeitura revelou um déficit absurdo de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 701 milhões só em débitos com a Previdência dos servidores. “Isso aqui não é apenas um problema financeiro, é um desrespeito com o funcionalismo e com a população”, criticou Vinicius Camarinha.

A situação da Educação também assusta. Seriam necessários R$ 73 milhões para recuperar os prédios escolares. “Vamos agir rápido. Material escolar já foi comprado e será entregue em março, a merenda será reforçada, e os professores vão ter mais dignidade com intervalos adequados para refeição”, garantiu o prefeito.

Na saúde, o caos não é diferente: R$ 43 milhões serão necessários para recuperar as unidades de atendimento. “Não tem como tapar o sol com a peneira. Vamos reconstruir a saúde de Marília tijolo por tijolo”, assegurou Camarinha.

Esporte, água e mobilidade: tudo entregue aos cacos

O esporte também foi abandonado. Quadras destruídas, centros comunitários esquecidos e poliesportivos virando ruínas. O investimento necessário para recuperá-los passa dos R$ 45 milhões.

No setor de água e esgoto, o Daem foi entregue “a preço de banana”. A concessão, que deveria garantir melhorias, foi assinada por valores muito abaixo do mercado. “Queremos rever esse contrato e trazer justiça para a população”, afirmou o prefeito.

No trânsito, a situação era a mesma: uma “indústria da multa” implantada nos últimos anos. “Encontramos três contratos com o mesmo objeto na Emdurb. Cortamos o que era injusto e acabamos com o abuso dos radares”, explicou Vinicius Camarinha.

Ações imediatas e providências legais

Para dar um freio de arrumação na bagunça herdada, o prefeito assinou um ofício endereçado ao Ministério Público, pedindo investigação sobre o sucateamento da cidade. “Não queremos varrer nada para debaixo do tapete. Quem causou esse estrago precisa responder por ele”, declarou.

Com coragem e trabalho, a nova gestão tem um longo caminho pela frente. Mas como diz o ditado: “Quando a maré sobe, levanta todos os barcos”. Marília merece avançar, e avançará.

JP Jornal O Popular: “A verdade sempre aparece, e agora a cidade de Marília conhece a real situação em que foi deixada. A reconstrução será longa, mas com trabalho e transparência, o povo pode esperar dias melhores.”

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