Um verdadeiro laboratório do tráfico foi desmontado pela polícia na tarde da última terça-feira (29), em Bauru (SP). Um homem foi preso em flagrante dentro de uma casa na Vila Seabra, enquanto preparava porções de drogas que seriam enviadas para dentro dos presídios da região. O local, que por fora parecia apenas mais uma casa de bairro, por dentro escondia um esquema criminoso embalado com açúcar e achocolatado — literalmente.
Segundo a Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), a investigação começou após denúncias apontarem que o imóvel era ponto de preparo e distribuição de entorpecentes para o sistema prisional. Durante dias, os agentes observaram a movimentação suspeita de motociclistas que chegavam ao local, recebiam sacolas arremessadas por cima do muro e saíam rapidamente.
Com mandado de busca em mãos, a equipe da Deic bateu à porta e flagrou o morador com a mão na massa — ou melhor, na maconha. No local, a polícia encontrou 7,2 kg de maconha e 760g de cocaína, tudo separado em porções e escondido de formas criativas: potes de achocolatado, embalagens de alimentos, invólucros plásticos prontos para engolir, prática comum no tráfico para presídios.
E como diria o ditado, quem planta vento, colhe tempestade. O “químico do pó” foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e vai trocar a cozinha de casa por um beliche na Cadeia de Avaí. Além das drogas, também foram apreendidos mini celulares, facas, pinos com cocaína, balanças de precisão, rolos de plástico PVC e tudo mais que fazia parte do “kit tráfico”.
A polícia segue investigando para identificar os comparsas e o destino exato dos entorpecentes. O caso, tratado com prioridade, reforça a audácia do crime organizado em tentar driblar a segurança dos presídios com artimanhas dignas de filme — mas sem final feliz.
Comentário do JP JORNAL O POPULAR:
Quando o crime tenta ser criativo, a polícia mostra que também está ligada no “modo esperto”. De pote em pote, o esquema ia crescendo… Mas caiu por terra como castelo de areia em dia de tempestade. O crime pode até mudar de embalagem, mas o destino é sempre o mesmo: cadeia.
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