Nesta terça-feira (9), entrou em vigor o reajuste de preço da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras. A população já sente o aumento nos postos de combustíveis, gerando preocupação e críticas.
O preço do gás de 13 quilos, repassado da Petrobras para as distribuidoras, subiu R$ 3,10, chegando a R$ 34,70. A gasolina, por sua vez, teve um aumento de R$ 0,20 por litro, elevando o preço para R$ 3,01. Segundo Everson Costa, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Pará, “ainda temos um trajeto de formação desse preço, que passa pela refinaria, pelo custo de distribuição, frete, margem de lucro, ou seja, existe todo um gasto ainda de distribuição e logística que certamente fará com que o preço desse combustível ao consumidor final fique mais caro”.
A última alteração nos valores havia sido uma redução no preço do gás e da gasolina, ocorrida em agosto do ano passado. Mesmo com o reajuste anunciado, os preços praticados pela estatal ainda estão 10% abaixo do mercado internacional. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta que os novos preços da Petrobras ainda apresentam uma defasagem média de R$ 0,34 por litro.
Este aumento tem gerado diversas críticas por parte da população, que já enfrenta dificuldades econômicas. O impacto no orçamento familiar é significativo, principalmente para as famílias de baixa renda, que dependem do gás de cozinha para suas refeições diárias. Nos postos de combustíveis, motoristas relatam frustração e preocupação com os custos adicionais, que refletem diretamente no transporte e em outras áreas do consumo.
O cenário econômico se agrava com a perspectiva de novos reajustes, caso o preço do petróleo continue a subir no mercado internacional. Especialistas alertam que a defasagem atual pode levar a aumentos contínuos, impactando ainda mais o consumidor final.
A necessidade de medidas para mitigar esses aumentos é urgente, segundo analistas. Políticas públicas que contemplem subsídios ou mecanismos de controle de preços podem ser necessárias para evitar que a população seja ainda mais penalizada. A expectativa é que o governo federal e as autoridades responsáveis discutam soluções para minimizar os impactos desses reajustes.
Enquanto isso, a população segue apreensiva, buscando alternativas para reduzir os custos e manter o equilíbrio no orçamento doméstico. O debate sobre a política de preços dos combustíveis no Brasil continua, com foco na busca por soluções mais justas e equilibradas para todos os cidadãos.