No Brasil, mais de metade das pessoas têm deficiência de vitamina D

Brasil Saúde Últimas Notícias

Um estudo inédito revelou que, mesmo no verão brasileiro, com bastante sol, mais da metade da população entre 18 e 45 anos sofre de deficiência de vitamina D.

O estudo foi realizado por pesquisadores de quatro instituições do país: Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz da Fiocruz Bahia e Fundação Irmã Dulce -, publicado recentemente no Journal of the Endocrine Society. 

A análise foi feita por meio de bancos de sangues e envolveu 1.029 pessoas saudáveis, moradores em São Paulo, Curitiba e Salvador.

Quando os pesquisadores consideraram uma concentração mínima de 20 nanogramas de vitamina D por milímetro de sangue, 15,3% apresentavam deficiência. Já quando a concentração mínima foi de 30 nanogramas por milímetro de sangue, 50,7% ficaram muito abaixo do necessário, o que pode ocasionar sérias complicações para a saúde, como fadiga constante, fraqueza muscular, dores nos ossos, dificuldade de ganhar massa magra, aumento do percentual de gordura, infecções respiratórias recorrentes, manchas na pele, coceiras e falta de concentração, sintomas que vão se agravando com o avanço da idade. 

A deficiência de vitamina D não dá sinais e só é diagnosticada por meio de exames. Entre os grupos mais suscetíveis estão:

  • Idosos 
  • Obesos
  •  Pacientes que fizeram cirurgia bariátrica

Em alguns casos, pode ser necessária suplementação com orientação médica. A mudança nos hábitos da população pode explicar os baixos índices de vitamina D. Principalmente em grandes centros urbanos, boa parte da população fica mais tempo em ambientes fechados e há também a falta de acesso a atividades de lazer ao ar livre. 

A endocrinologista e chefe do Setor de Doenças Osteometabólicas da Escola Paulista de Medicina – Unifesp, Marise Lazaretti Castro, que participou do estudo, explica que a produção da vitamina D no organismo depende da exposição ao sol. A médica indica que tomar sol de 5 a 10 minutos por dia, entre 10 e 15 horas, já é o suficiente. Ela salienta que isso deve ser feito sem protetor solar e com partes do corpo, como pernas e braços, descobertas. Pessoas que tenham contraindicação de exposição ao sol, não devem seguir esta recomendação.

Compartilhar esta notícia agora: