“Quem planta vento colhe tempestade” – foi exatamente isso que aconteceu na manhã desta quarta-feira (18), quando o ex-prefeito de Bariri (SP), Abelardo Mauricio Martins Simões Filho (MDB), foi preso em flagrante durante a terceira fase da Operação Prenunciado. Deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Militar, a operação expôs mais um capítulo de um esquema que já vinha sendo investigado desde 2023.
A surpresa do dia foi a apreensão de munições de uso restrito na residência do ex-prefeito, enquanto a equipe cumpria mandados de busca e apreensão. A defesa de Abelardo alegou que as munições eram itens herdados do pai e faziam parte de uma coleção. No entanto, para as autoridades, a descoberta foi o suficiente para a prisão em flagrante. Apesar disso, ele foi liberado após uma audiência de custódia.
Mas não para por aí: além do ex-prefeito, um mandado de prisão temporária foi cumprido em Limeira (SP), envolvendo outra peça-chave do quebra-cabeça. A empresa desse suspeito estaria diretamente conectada às fraudes licitatórias que drenaram os cofres públicos da cidade.
Fraudes que abalaram Bariri
As investigações revelaram um esquema que mais parece roteiro de filme policial. Segundo o Ministério Público, a organização criminosa agia para frustrar o caráter competitivo de licitações, desviando valores de contratos para pagamento de propinas. Policiais militares faziam parte do esquema, usando ameaças e até violência para calar possíveis denunciantes.
Não bastasse isso, cinco envolvidos já haviam sido condenados em novembro por crimes que vão desde roubo circunstanciado até coação no curso do processo. As penas variam de 10 a 22 anos de prisão, todas em regime inicial fechado. A cereja do bolo? A quadrilha terá que ressarcir a sociedade em mais de R$ 5 milhões pelos danos causados.
Abelardo, que teve o mandato cassado no ano passado, agora se vê no olho do furacão. A investigação promete seguir em frente, com novas fases previstas para desmantelar o que restou do esquema.
JP Jornal O Popular comenta:
Mais uma vez, o povo é lembrado do peso das escolhas nas urnas. Como diz o ditado, “quem deve, teme”. O JP segue acompanhando os desdobramentos desse caso que chocou Bariri, reforçando: a verdade é a arma mais poderosa contra o silêncio da corrupção.
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