Em três anos, 770 crianças morreram vítimas de violência doméstica no Brasil

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Os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que 770 crianças foram mortas vítimas de violência doméstica no Brasil entre 2019 e 2021, sendo 262 em 2019, 260 em 2020 e 248 em 2021.

Ainda de acordo com os dados do fórum, 44% das crianças de 0 a 11 anos mortas violentamente, foram agredidas dentro de casa

Esse foi o caso de Quênia Gabriela Oliveira Matos de Lima, de apenas 2 anos de idade. Ela foi torturada e morta pelo pai e pla madrasta. Seu corpo foi enterrado neste sábado (11), no Rio de Janeiro.

Na quinta-feira (9), Quênia foi levada pelo pai e pela madrasta para uma clínica na zona oeste do Rio. Eles disseram à equipe médica que a menina havia se engasgado, mas foi identificado que a criança estava morta há pelo menos uma hora.

O bebê, de acordo com a polícia, tinha um corte na cabeça e outras 58 lesões pelo corpo, além de sinais de violência sexual.

O pai da menina, Marcos Vinícius Lino de Lima e a madrasta Patrícia André Ribeiro foram presos em flagrante.

Um dos casos de maior repercussão, completou dois anos essa semana, que foi o assassinato de Henry Borel, de quatro anos.

A mãe do menino, Monique Medeiros, e o padrasto, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, se tornaram réus por homicídio triplamente qualificado e tortura.

O antropólogo e ex-oficial da Polícia Militar, Paulo Storani, explica que o casal suspeito de matar o bebê deve ser enquadrado na Lei Henry Borel, que endureceu as penas para pais, mães, padrastos e madrastas envolvidos em crimes desse tipo.

Ele defende que toda a sociedade deve denunciar agressões contra menores: “é preciso denunciar. Por isso que familiares, por isso que vizinhos, por isso que escola, por isso que os centros médicos de atendimento, principalmente de urgência, fiquem atentos a esses sinais de violência doméstica em ação. Então, se esse procedimento, ele acaba infundido em todas as pessoas que estão em torno, nós iríamos, de uma forma preventiva, evitar que isso acontecesse ou que a violência, ela perdurasse por muito tempo”.

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