O Governo do Estado de São Paulo planeja iniciar a imunização com a 4ª dose da vacina contra a Covid-19 para os idosos a partir do dia 4 de abril.
De acordo com o coordenador do Comitê Científico, João Gabbardo, pessoas com mais de 60 anos serão incluídas no grupo de imunossuprimidos, que já estão recebendo a dose, desde que tenham recebido a terceira dose há quatro meses.
A vacinação será feita com a vacina que estiver disponível nos postos de saúde e será feita de forma escalonada, por idades, até chegar às pessoas de 60 anos.
“O Comitê Científico concorda com o Ministério da Saúde que, neste momento, é estratégico e fundamental que nós tenhamos a conclusão da vacinação das pessoas que não tomaram a segunda dose e quem ainda não tem a terceira dose. E também com a orientação de que as pessoas com imunodeficiência possam receber a 4ª dose da vacina. É baseado nisso que o Comitê Científico também entende que os idosos estão nesse grupo dos imunossuprimidos”, explicou Gabbardo.
“Os idosos passam por um processo que chamamos de imunossenescência, em que há uma redução da capacidade imunológica” disse ainda o coordenador.
Questionado sobre o posicionamento do Ministério da Saúde, que se colocou contra a aplicação da 4ª, Gabbardo afirmou que acredita que até abril, a pasta terá outra opinião sobre o tema.
“Toda vez que o estado de São Paulo, através do Comitê Científico, teve alguma inovação em relação ao Ministério da Saúde, o Ministério acabou usando os mesmos critérios que nós. Não teve nenhuma situação em que nós não tenhamos iniciado e não tenha sido seguido pelo Ministério da Saúde. Nós entendemos que essa inclusão dos idosos também deve ser seguida pelo Ministério da Saúde, então, até essa data de 4 de abril, que é quando nós vamos começar a vacinar os idosos de mais de 90 anos, mais de 80 anos, a depender da disponibilidade das vacinas, é possível que até lá o Ministério também já tenha os incluído.”
De acordo com a coordenadora do Plano Estadual de Imunização, Regiane de Paula, 2 milhões de pessoas estão com a segunda dose atrasada em São Paulo. Metade do contingente é de jovens entre 12 e 19 anos. O grupo entre 24 e 29 anos também tem alta taxa de abstenção para completar o esquema vacinal.
Já o número de pessoas que ainda não tomaram a 3ª dose e já poderiam ter recebido o imunizante pela terceira vez chega a 10 milhões de pessoas.