“Não recuaremos nem um milímetro”, afirma Moraes sobre julgamento de Bolsonaro

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Em entrevista exclusiva ao jornal norte-americano The Washington Post, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi enfático: não há volta atrás em decisões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro”, disse Moraes, referindo-se ao julgamento marcado para setembro da chamada trama golpista.

O ministro explicou que a justiça será feita com rigor: “Vamos receber a acusação, analisar as provas e quem tiver de ser condenado, será condenado; e quem tiver de ser absolvido, será absolvido”. Para Moraes, o Brasil enfrenta uma doença da autocracia, e ele atua como se estivesse aplicando uma vacina preventiva contra ameaças à democracia. “Não vamos recuar de jeito nenhum do que devemos fazer”, completou.

Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, por determinação do próprio Moraes. O ex-presidente e outros sete réus do núcleo da trama golpista — incluindo ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas — serão julgados pelo STF a partir do dia 2 de setembro.

Enquanto isso, o cenário internacional aquece: os Estados Unidos aplicaram uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, alegando questões comerciais e o que chamaram de “caça às bruxas” contra Bolsonaro. Segundo Moraes, a reação americana é baseada em informações distorcidas e falsas narrativas espalhadas nas redes sociais, que prejudicam o relacionamento entre os países.

O ministro ainda destacou que a cultura americana, com sua democracia consolidada, tem dificuldade em entender a fragilidade do sistema brasileiro. “O Brasil já viveu anos de ditadura e inúmeras tentativas de golpe. Quem é muito atacado por uma doença forma anticorpos e busca uma vacina preventiva”, explicou.

Mesmo com ataques, sanções e restrições internacionais, Moraes reforça que a investigação seguirá firme. “É agradável passar por isso? Claro que não é. Mas enquanto houver necessidade, a investigação continuará”, disse.

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