O CHORO SILENCIOSO DE UM BEBÊ: Pai e mãe vão a júri popular por assassinato de bebê de 6 meses em Marília

Cidade Últimas Notícias

Pai e mãe vão a júri popular por assassinato de bebê de 6 meses em Marília

A Justiça de Marília bateu o martelo e decidiu que Dorival Soares dos Reis Neto, desempregado, e Amanda Aparecida Oliveira Reis, autônoma, serão levados a júri popular pelo brutal assassinato do próprio filho, John Soares dos Reis Oliveira Dias, de apenas 6 meses. O crime aconteceu em março do ano passado no conjunto de apartamentos da CDHU, zona Sul da cidade.

A sentença, assinada pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Paulo Gustavo Ferrari, apontou que o casal responderá por homicídio qualificado por motivo fútil, asfixia, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Traduzindo: um crime covarde e desumano.

Justiça tarda, mas não falha

O magistrado determinou que o pai da criança continue preso, enquanto a mãe poderá recorrer da decisão em liberdade. “Trata-se de crime contra a vida que ameaça a tranquilidade social, pelo que deve ser mantida a prisão cautelar, com vistas a preservar a ordem pública”, diz trecho da decisão.

A família pode recorrer, mas se condenados, o casal pode pegar até 30 anos de prisão. Quem semeia vento, colhe tempestade.

O crime que chocou Marília

A tragédia aconteceu em 1º de março. O pequeno John foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado ao Pronto Atendimento da zona Sul, mas não resistiu. O que era para ser um resgate se tornou uma cena de horror quando os médicos notaram marcas de agressão no corpo da criança e chamaram a polícia.

Quando a história veio à tona, populares, revoltados, não pensaram duas vezes e partiram para cima do pai, que foi espancado com pauladas antes de ser preso. Em depoimento, ele confessou que maltratava o bebê. “Perdia a paciência e batia com tapas na cabeça”, admitiu. No dia da morte, ele teria agredido a criança, ido tomar banho e, ao retornar, encontrou o filho desfalecido.

O laudo médico confirmou o que todos temiam: lesões cerebrais, sinais de asfixia e ferimentos de maus-tratos. Um crime que nem o tempo é capaz de apagar da memória de quem acompanhou esse caso estarrecedor.

JP JORNAL O POPULAR comenta:

Infelizmente, vivemos tempos em que a inocência de uma criança não é o bastante para protegê-la do próprio lar. A justiça está sendo feita, mas o vazio deixado pela partida do pequeno John nunca será preenchido. E que esse caso sirva de alerta: criança não é saco de pancada. Violência não se justifica, se combate!

📲 Participe do canal do JP JORNAL O POPULAR Marília e REGIÃO no WhatsApp: 014997973003.

Compartilhar esta notícia agora: