Uma história que choca pela gravidade e levanta um alerta sobre a confiabilidade dos exames de laboratório veio à tona no Rio de Janeiro. Uma mãe denunciou que seu bebê foi tratado contra o HIV por 28 dias após um teste falso positivo. A denúncia é contra o laboratório PCS Lab Saleme, responsável pelo exame, que agora está no centro de uma investigação pesada.
A mãe, desesperada, conta que, logo após o nascimento, sua filha foi submetida a um coquetel de medicamentos, e ela foi impedida de amamentar. Tudo isso, por medo de uma transmissão do HIV que, segundo a denúncia, nunca existiu. “Foram dias de sofrimento, vendo minha filha passar por tudo aquilo sem necessidade”, lamentou a mãe, emocionada. Com o depoimento dela já em mãos, a Polícia do Rio de Janeiro segue firme na apuração dos fatos.
Mas o buraco é mais embaixo. Esse não foi um caso isolado. O PCS Lab Saleme está na mira da Justiça após uma série de erros graves. O laboratório já é investigado por infectar pelo menos seis pacientes que testaram positivo para HIV após receberem órgãos contaminados, usados em transplantes no estado. Os exames, que deveriam garantir a segurança dos pacientes, falharam, e o resultado foi trágico.
Na manhã desta segunda-feira (14), um dos sócios do laboratório, o ginecologista Walter Vieira, foi preso pela Polícia Civil. O médico, que é tio do deputado federal Dr. Luizinho, já foi secretário de Saúde do Rio, e agora enfrenta acusações de falhas gravíssimas na sua gestão no PCS Labs. Outro envolvido, Ivanildo Fernandes, também foi detido pela Operação Verum, que investiga a negligência no controle de qualidade do laboratório.
O caso ainda vai render muita água sob essa ponte, pois o erro não foi pequeno e a vida de muitas pessoas está em jogo. Como diz o ditado popular, “quem brinca com fogo, acaba se queimando”. E nesse caso, o fogo se espalhou, e agora a Justiça vai ter que apagar as chamas.
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