O debate que parecia caminhar de forma tranquila e civilizada entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo terminou em um verdadeiro barraco nos seus últimos instantes. Faltando apenas 40 segundos para o encerramento, Pablo Marçal (PRTB) jogou lenha na fogueira com provocações dirigidas ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Chamando-o de “bananinha” e prometendo que Nunes seria preso pela Polícia Federal, Marçal ultrapassou os limites das regras do debate, sendo expulso pelo mediador, o jornalista Carlos Tramontina.
O caldo começou a entornar quando Marçal, que já havia sido advertido, resolveu dobrar a aposta e voltou a atacar Nunes, mesmo após a intervenção de Tramontina, que exibia uma cópia das regras do debate, assinada por todas as candidaturas. O ex-coach, no entanto, não quis saber de moderação. “Não vou deixar para o último segundo. Foi tudo muito bom, mas nas considerações finais, o senhor quer entornar o caldo”, afirmou Marçal antes de ficar em silêncio, deixando o tempo correr.
Nos bastidores, o clima ferveu de vez. Segundo testemunhas, Nahuel Medina, um dos assessores de Pablo Marçal, partiu para a agressão contra Duda Lima, marqueteiro de Nunes, desferindo um soco que o atingiu em cheio na boca, deixando-o ferido e com o rosto sangrando. O tumulto rapidamente se espalhou, com pedidos de prisão do agressor, e a polícia militar foi acionada para conter a confusão.
O episódio transformou o que deveria ser um encontro de ideias em um ringue de provocações e agressões físicas. Como diz o ditado, “quem mexe com fogo, acaba se queimando”, e agora o cenário político, que já estava acirrado, promete ainda mais tensão nas próximas semanas.
JP Jornal O Popular:
“Nos debates, a palavra é livre, mas o respeito é a base de uma política civilizada.” – JP Jornal O Popular.