Quando deixar a presidência, Bolsonaro, que há 34 anos tem cargo, não ficará sem benefícios. Além de suas aposentadorias como capitão do Exército e deputado, e de um possível cargo no PL, Bolsonaro também terá direito a um conjunto de benefícios que todos os ex-presidentes têm, como assessores e veículos oficiais.
Apesar de ter sofrido alterações ao longo dos anos, de acordo com uma lei de 1986, e um decreto de 2008, os ex-chefes do Executivo ganham a prerrogativa de utilizar oito funcionários, entre eles dois motoristas, dois assessores e quatro servidores que atuam em atividades de “segurança e apoio pessoal”. Os ex-presidentes também ficam com dois carros à disposição. Os ex-presidente escolhem quem serão esses funcionários, e a conta é paga pela Presidência.
Todos os antigos ocupantes do Palácio do Planalto que estão vivos fazem uso desses benefícios, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, eleito para suceder Bolsonaro. Também usufruem José Sarney, Fernando Collor (que hoje é senador), Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e Michel Temer.
A Presidência da República gastou só no ano passado R$ 5,8 milhões com os assessores dos ex-mandatários. A maior fatia foi com Lula: R$ 1,1 milhão. Dilma Rousseff vem em segundo, com R$ 1,08 milhão, valor semelhante ao gasto com Fernando Collor (R$ 1,06 milhão). Michel Temer (R$ 910 mil), José Sarney (R$ 824 mil) e Fernando Henrique (R$ 762 mil) completam a lista.
Além desses benefícios, Bolsonaro poderá ganhar cerca de R$ 42 mil por mês com aposentadorias do Exército e da Câmara dos Deputados. O presidente ainda pode ocupar um cargo no seu partido, o PL, com salário que aumentaria sua remuneração mensal, mas cujo valor ainda não foi divulgado pelo partido.