A safra de soja do Brasil 2021/22 sofreu novos cortes em decorrência da continuidade da estiagem no Sul em janeiro e as chuvas agora preocupam o andamento da colheita no Centro-Oeste.
Um patamar de produção no país abaixo de 130 milhões de toneladas, será o foco de precificação do mercado, que tem tendência de alta devido ao encolhimento da safra no maior produtor e exportador global da oleaginosa.
O impacto das chuvas também deve impactar o ritmo da colheita, que atingiu cerca de 10% até a semana passada. A umidade excessiva, já retardou a chegada da soja da safra nova aos portos de exportação neste mês.
Enquanto o Sul sofre com chuvas irregulares ou a ausência delas, as precipitações no Centro-Oeste evitaram que a colheita estivesse mais avançada após um plantio antecipado.
Novas chuvas previstas para esta semana indicam dificuldades para produtores tirarem a soja dos campos, especialmente para a região central do país.
A tendência é de chuvas intermitentes sobre importantes áreas produtoras, o que dificulta a colheita;
“Não há sinais de que venham ocorrer dias consecutivos sem chuvas no Centro-Oeste”, disse o agrometeorologista Marco Antônio do Santos, que prevê
Para o Rio Grande do Sul, chuvas esperadas para esta semana são “bem-vindas”, principalmente para a soja mais tardia. Porém, as perdas estão consolidadas no Estado devido a estiagem.
A nova estimativa de produção representa queda de 8,8 milhões de toneladas na comparação com a safra passada e de 16,9 milhões em relação à produção potencial da atual safra, antes dos problemas climáticos.
Com isso, a expectativa é que os preços da oleaginosa continuem o movimento de alta. Na última semana, as cotações em Chicago subiram quase 5% no contrato de março.