A paciência dos estudantes chegou ao limite e a verdade veio à tona como água de enchente: o professor Rafael Salatini de Almeida, do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas da Unesp de Marília, foi demitido por justa causa após 44 denúncias de assédio, que escancaram um comportamento considerado misógino, racista, xenofóbico e humilhante dentro de sala de aula.
A demissão foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo na última quarta-feira (12), após a conclusão de processo administrativo disciplinar interno na universidade.
Denúncias que ecoaram pelos corredores
As queixas foram protocoladas pelo Centro Acadêmico de Relações Internacionais em maio de 2024, junto à Ouvidoria da universidade. Cartazes espalhados pelo campus revelavam falas atribuídas ao docente que, segundo os estudantes, transformaram a sala de aula em cenário de constrangimento e ofensa.
Entre as frases denunciadas estão declarações que atacavam a dignidade das mulheres e discursos preconceituosos contra estrangeiros e minorias. Há relatos de alunos que se sentiam humilhados e inseguros dentro do próprio ambiente de aprendizagem.
A União Estadual dos Estudantes de São Paulo reforçou os relatos, mencionando episódios de humilhação, assédio e discriminação. Após as denúncias ganharem força, o professor chegou a ser afastado por 90 dias.
Universidade toma posição e encerra o ciclo de abusos
A Unesp afirmou que a demissão foi motivada por:
- Procedimento irregular de natureza grave
- Ato de improbidade
- Conduta moralmente questionável
Para o movimento estudantil, a saída do professor representa uma vitória do respeito e da união dos universitários na busca por um ensino mais digno.
A lição que fica
Quando a educação perde o respeito, deixa de ensinar. E o ditado é antigo, mas certeiro: quem usa a autoridade para humilhar, uma hora cai do pedestal.
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