“Quem faz, paga”: Justiça argentina manda ex-presidente Cristina Kirchner e aliados devolverem quase R$ 3 bilhões ao povo

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A casa caiu — e não foi devagar. A Justiça da Argentina determinou que a ex-presidente Cristina Kirchner e outros oito condenados por corrupção devolvam aos cofres públicos a bagatela de R$ 2,9 bilhões. A decisão, divulgada nesta terça-feira (15), veio após uma perícia oficial revelar o rombo causado por um esquema de fraudes em obras viárias durante o governo da peronista.

Cristina, que já cumpre pena em prisão domiciliar desde junho, foi condenada a seis anos de prisão e à inelegibilidade política perpétua. Agora, ela e os comparsas têm até o dia 13 de agosto para depositar, em conta judicial, o valor estipulado: quase 685 bilhões de pesos argentinos.

Se o pagamento não for feito dentro do prazo, a Justiça vai partir pra cima com o que tem de mais duro: confisco de bens e leilão de propriedades bloqueadas. E como diz o ditado, “quem não deve, não teme — mas quem deve, se esconde atrás da cortina”.

Cristina declarou, no ano passado, ter patrimônio de apenas R$ 1 milhão. Mas a imprensa argentina aponta que ela já teria repassado boa parte de seus bens para os filhos, numa tentativa de se blindar da Justiça. O que não deve colar.

O escândalo tem nome e sobrenome: corrupção em série. Entre os condenados estão figurões como o empresário Lázaro Báez, velho amigo da família Kirchner, e os ex-funcionários públicos José López, Nelson Periotti, Mauricio Collareda, Raúl Daruich, Juan Carlos Villafañe, Raúl Pavesi e José Santibáñez — todos com penas que variam entre 3,5 e 6 anos de cadeia.

O esquema operava assim: as licitações iam direto para as empresas de Báez — 51 contratos públicos, muitos superfaturados e nem sequer finalizados. A partir daí, parte da verba escorria de volta para Cristina, seu falecido marido, Néstor Kirchner, e empresas da família. O prejuízo? Mais de US$ 1 bilhão ao povo argentino.

Cristina segue negando tudo, dizendo que o julgamento foi uma “farsa” e acusando a Justiça de atuar como “pelotão de fuzilamento”. Mas, diante da decisão, a pergunta que não quer calar é: quem semeia vento, colhe tempestade?

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🗣️ Comentário do JP Jornal O Popular:
Neste enredo político argentino, a conta chegou — e veio com juros. Justiça que tarda, mas não falha, é alívio para quem paga imposto com suor e espera, um dia, ver a lei valer para todos. Se na política vale tudo, que também valha a prestação de contas.

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