“Quem lida com ferro, não pode brincar com fogo!”
O ditado popular nunca fez tanto sentido diante da triste tragédia que abalou o Jardim Planalto, em Marília (SP), na última sexta-feira. O trabalhador Jonathan Marcel de Souza, de apenas 36 anos, perdeu a vida de forma brutal enquanto fazia o que sabia de melhor: trabalhar com dignidade e empenho numa oficina mecânica que funcionava no quintal da própria casa.
Segundo o boletim de ocorrência, Jonathan operava uma máquina na tornearia quando uma peça se soltou violentamente e o atingiu direto na cabeça. O impacto foi fatal. Ele morreu ali mesmo, no chão da oficina que era parte do seu dia a dia, do seu sustento, da sua história.
A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar no local, encontrou um medidor de pressão completamente danificado e com indícios claros de explosão. A cena deixou marcas não só físicas, mas emocionais em todos que presenciaram ou ouviram sobre o ocorrido. O caso, por ora, foi registrado como “morte suspeita” e será investigado pela Polícia Civil de Marília, que busca entender o que causou a soltura da peça e se houve alguma falha técnica ou humana.
Jonathan era mais um dos muitos brasileiros que enfrentam o duro cotidiano do trabalho braçal, onde um segundo de falha pode custar uma vida inteira de sonhos.
“Era um cara trabalhador, quieto, não fazia mal a ninguém”, disse um vizinho, ainda abalado.
Neste momento de dor e de perguntas sem resposta, fica o alerta para os cuidados e a fiscalização em ambientes de trabalho com máquinas e equipamentos de alto risco. Mais do que nunca, é hora de reforçar a importância da prevenção e da segurança para quem dá o sangue diariamente por seu sustento.
Que Jonathan descanse em paz. E que sua partida traga, ao menos, a reflexão que possa evitar novas perdas.
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