“Basta de desculpas! Prefeitura fiscaliza empresas que fazem do transporte público um sofrimento diário”

Cidade Últimas Notícias

🟥 “Ônibus lotado e atrasado: Emdurb abre a caixa-preta da má gestão das empresas de transporte em Marília”


Prefeitura de Marília, por meio da Emdurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana), deu início esta semana a uma rigorosa ação de fiscalização no Terminal Urbano. A meta anunciada é melhorar o serviço de transporte coletivo e garantir mais conforto aos usuários. “A nossa equipe está verificando a lotação de passageiros nos ônibus e o cumprimento dos horários. A pedido do prefeito Vinícius, estamos intensificando e acompanhando mensalmente os serviços prestados pelas concessionárias. Nosso objetivo é assegurar que seja oferecido um serviço com mais qualidade e conforto para os usuários do transporte público”, afirmou o presidente da Emdurb, Paulo Alves. Em outras palavras, a Prefeitura de Marília não está para brincadeira: quer abrir a “caixa-preta” que envolve as operações das empresas de ônibus, fiscalizando ao vivo o que antes ficava nas sombras.

No Terminal Urbano de Marília, fiscais da Emdurb conferem um por um os ônibus que chegam, checando se o veículo está acima da lotação permitida e se saiu no horário combinado. A cena ilustra a cobrança “olho no olho” prometida pela gestão municipal. A ação foi anunciada como um pedido do prefeito Vinícius Camarinha para acelerar a melhoria do transporte. Em 2019, numa ocasião parecida, a concessionária Grande Marília precisou ampliar sete horários de pico para “eliminar qualquer risco de superlotação” – prova de que, até então, as empresas improvisavam soluções pontuais enquanto os passageiros ficavam no aperreio. Agora, com a fiscalização ostensiva da Emdurb, “quem não deve não teme”: a Prefeitura espera que as empresas não tenham mais desculpas para atrasos ou ônibus lotados.

Por outro lado, os próprios usuários não escondem sua revolta. Moradores de bairros periféricos reclamam que pegar o ônibus virou missão de Hércules: filas intermináveis e veículos cheios demais. Em audiência pública recente na Câmara Municipal, o assunto foi escancarado – vereadores ouviram relatos de passageiros sobre ônibus superlotados e atrasos crônicos. A população já entende que “quem não chora, não mama”: ela cobra resultados rápidos da fiscalização, porque “não adianta empurrar com a barriga” o que precisa ser resolvido. A legislação brasileira determina que a superlotação – mais de 6 pessoas por metro quadrado – é proibida e pode ser punida. Mesmo assim, concessionárias alegam que “fecham o portão” antes de violar a lei, oferecendo outro ônibus logo em seguida. Mas muitos passageiros não compram esse argumento: sentem que, no fim das contas, o grande solitário daquele terminal é a responsabilidade das empresas concessionárias.

A movimentação intensa no Terminal mostra a razão da queixa: na imagem acima, usuários desembarcam de um ônibus da Sorriso de Marília na plataforma de saída. A cena poderia traduzir a expressão popular “quem semeia ventos, colhe tempestades”: a simples falta de controle dos horários e da lotação vem cobrando seu preço em forma de insatisfação geral. Entre críticas veladas, diz-se nos corredores que as concessionárias parecem ter esquecido o velho ditado “o combinado não sai caro”: os contratos firmados com o município exigem ônibus no horário certo e passageiros sentados, mas a prática tem sido outra. A Prefeitura agora cobra as contas na hora – e cada empresa vai ter que provar que cumpriu seu papel ou então explicar por que “mentira tem perna curta” e os usuários serão os primeiros a sacudir a poeira.

Até tecnologia de ponta vai entrar na partida: segundo a Emdurb, em breve todos os ônibus terão GPS, o que permitirá acompanhar com precisão cada partida e cada chegada. Na foto acima, agentes da Emdurb (com uniformes da Prefeitura de Marília) anotam horários de chegada dos veículos durante a fiscalização. A iniciativa da gestão municipal tem sido elogiada justamente por ousar mexer onde doía: se antes nada se sabia sobre o desempenho real das linhas, agora o Transparência é o jogo da vez. A Prefeitura sai fortalecida – mostrou atitude ao “abrir a caixa-preta” – mas reforça que cada empresa precisa honrar o compromisso de ter ônibus pontuais e vazios. Afinal, como diz outro ditado, “cada um colhe o que planta”: a esperança é colher ônibus vazios em vez de reclamações, e por enquanto está nas mãos das concessionárias tornar isso realidade.

Comentário do JP Jornal O Popular: A iniciativa do prefeito Vinícius e da Emdurb merece aplausos: Marília dá exemplo de prefeitura que não fecha os olhos para os problemas e não tem medo de colocar as cartas na mesa. O jornal JP O Popular acompanha com aprovação essa medida, que coloca pressão nas empresas responsáveis para acordarem e agirem com mais responsabilidade. Mas fica o recado: enquanto a gestão municipal faz sua parte, as concessionárias também têm de honrar seu lado. Se quiserem recuperar a confiança dos passageiros, é hora de “meter a mão na massa” de verdade, cumprindo horários e evitando lotação. A população mariliense espera que esse movimento seja o começo de um transporte público digno, porque depois não adianta “chorar pelo leite derramado”.

📲 Participe do canal do JP JORNAL O POPULAR Marília e Região no WhatsApp: (14) 99797-3003.

Compartilhar esta notícia agora: