“Crime, vingança ou desespero?” – Mulher confessa ter matado e queimado corpo do marido em Jaú; é o segundo companheiro envolvido em morte

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JAÚ – Um caso macabro e repleto de reviravoltas chocou a tranquila zona rural de Jaú, no interior de São Paulo. Na tarde de terça-feira (6), uma mulher de 45 anos foi presa em flagrante após confessar um crime brutal: ela matou o marido com dois golpes de madeira na cabeça, ateou fogo no corpo e, no dia seguinte, jogou as cinzas no Rio Jaú.

O crime aconteceu no último domingo (4), em um sítio afastado do centro urbano. Segundo informações do Boletim de Ocorrência, a mulher relatou que o marido, de 42 anos, chegou embriagado e sob efeito de drogas, matou os dois cães do casal e passou a agredi-la com socos no peito e nas costas.

Diante da violência, a suspeita afirmou ter agido em legítima defesa. Ela pegou um pedaço de madeira e atingiu a cabeça do homem duas vezes. Ao ver que o companheiro não resistiu, arrastou o corpo para fora da casa, colocou fogo utilizando gasolina e madeira, e, no dia seguinte, recolheu as cinzas com um lençol para jogá-las no rio.

Mas o roteiro que parecia encoberto desmoronou na terça-feira, quando ela foi à delegacia registrar o desaparecimento do marido. Ao ser confrontada durante o depoimento, confessou o crime e acabou presa em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver.

O detalhe que chama atenção: não é a primeira vez que a mulher se vê envolvida na morte de um companheiro. Conforme o próprio boletim aponta, ela já foi condenada e cumpriu pena de 7 anos por participação na morte de outro homem, que teria abusado sexualmente da filha dela, então com 13 anos.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Jaú, que apura as circunstâncias e se houve legítima defesa ou premeditação. A mulher segue presa e à disposição da Justiça.

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🗣️ Comentário do JP Jornal O Popular:
Entre o instinto de sobrevivência e o peso de um passado violento, a história choca e levanta questionamentos profundos. Justiça será feita nos tribunais, mas a pergunta que fica é: quantas mulheres ainda vivem cercadas pelo medo e pelo silêncio?

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