Quando a viola ensina Direito: acadêmicos da Unimar brilham em revista científica A2 com estudo sobre música sertaneja e Direito Penal

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Inovação com sotaque do interior

Quem disse que sala de aula e música sertaneja não combinam? Pois alunos do curso de Direito da Universidade de Marília (Unimar) provaram o contrário e conquistaram espaço de respeito no cenário acadêmico nacional. Ainda no segundo ano da graduação, eles emplacaram a publicação de um artigo científico na Revista Caderno Pedagógico, classificada como Qualis A2, uma das mais relevantes da área no Brasil.

E o tema? De fazer qualquer “modão” virar jurisprudência: “O ensino do Direito Penal com o uso da música sertaneja: inovações no ensino e conscientização”.

De “Regime Fechado” à liberdade de pensar o Direito

Sob orientação dos professores Dr. Jefferson Aparecido Dias e Dr. Galdino Luiz Ramos Júnior, a equipe mergulhou em um estudo que cruza o universo jurídico com as letras da música sertaneja — estilo profundamente enraizado na cultura brasileira.

A pesquisa mostrou que canções populares como “Regime Fechado” não são só hits de rádio, mas retratos da sociedade que revelam preceitos penais, como prisão, julgamento e penas. E mais: que podem ser usadas para facilitar o aprendizado jurídico, tornando o ensino mais acessível e próximo da realidade dos alunos.

A pesquisa passou por todas as exigências formais de um estudo científico: aprovação no Comitê de Ética, aplicação de questionários, análise estatística dos dados — e envolveu acadêmicos de todos os cursos da Unimar.

Jovens autores, grandes conquistas

Os nomes por trás da façanha? Os graduandos Camila Rodrigues de Oliveira, Wilson Henrique Dias dos Santos, Giuseppe Wellington Dias de Argolo, Izabelly dos Anjos Ribeiro Daniel, Vinícius Campos Vento Silva e o mestrando Filipe Simão Cardoso.

Para Vinícius, ver o trabalho publicado foi como escutar o próprio nome no rádio:

“Fazer um artigo e ser publicado abre muitas portas. Sempre quis ser pesquisador e, com um tema que engaja, é muito gratificante”.

Já Camila relembra com emoção:

“Era só um trabalho de sala. Mas o apoio da Unimar transformou tudo. Chegamos à publicação logo no primeiro ano. Isso me inspirou a seguir na pesquisa científica”.

Unimar: onde a ciência nasce cedo e canta alto

A conquista mostra, mais uma vez, que a Unimar não ensina apenas matérias — ela cultiva mentes inquietas. Desde o primeiro ano, seus alunos são incentivados à pesquisa aplicada, algo ainda raro nas universidades brasileiras.

Segundo o Dr. Jefferson Dias:

“O trabalho demonstra a vocação da Unimar para transformar ideias em ciência, desde o início da graduação. E isso faz toda a diferença”.

📣 JP Jornal O Popular comenta:

“Quando a educação se conecta com a cultura popular, o saber deixa de ser distante e vira parte da vida. O que a Unimar fez foi abrir janelas, onde só havia quadros-negros. Ensinar com ‘modão’? Só quem entende o coração do povo pode transformar o ensino assim. Parabéns, Unimar! Aqui, a cabeça pensa e o coração canta.”

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