“Últimas Palavras: ‘Amor, eu levei um tiro’, Revela Esposa de Professor de Ginástica Morto em Confronto com Policial em Briga de Trânsito”

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Professor de Ginástica Morto Após Confronto com Policial: Investigação em Andamento

Milena Torres recebeu a ligação devastadora por volta das 11 horas da manhã. Do outro lado da linha, seu marido, Marlon de Melo, informava-lhe em choque: “amor, eu levei um tiro”. Essas palavras marcaram o início de um trágico episódio que culminou na morte do professor de ginástica, alvejado por um policial penal em uma briga de trânsito, no dia 4 de maio, em Olinda.

O incidente ocorreu na Avenida Antônio da Costa Azevedo, no bairro de Peixinhos. Marlon, de 31 anos, foi atingido no tórax e no braço, com o primeiro disparo perfurando-lhe o pulmão e alojando-se na coluna. Apesar dos esforços médicos, não resistiu aos ferimentos e faleceu na madrugada da quarta-feira (8), após passar por cirurgia no Hospital da Restauração, no Derby, área central do Recife.

O policial penal envolvido, identificado como Claudomerisson José do Nascimento, apresentou-se em uma delegacia na quarta-feira (8), tendo sua arma funcional recolhida pela Polícia Civil. Surpreendentemente, não foi detido.

A versão relatada pelo policial à polícia, alegando reação a uma tentativa de assalto, foi contestada por Milena Torres. Segundo ela, Marlon estava retornando para casa após ministrar uma aula, trajando sua farda de academia. “Como é que meu marido saiu de uma formação que ele estava dando, fardado com a farda da academia, e ia assaltar?”, questionou a viúva indignada.

Milena descreveu Marlon como uma pessoa luminosa, sempre sorridente e capaz de levar felicidade por meio de sua arte como professor de dança. Era um pai dedicado, um esposo amoroso e um trabalhador incansável. “Ele era uma pessoa muito querida aqui, não tinha nenhum tipo de desavença com ninguém, era um homem tranquilo”, recordou.

O governo da Paraíba anunciou a abertura de um processo administrativo para apurar a conduta do policial penal, enquanto a investigação policial corre em paralelo. A Polícia Civil informou que está investigando o caso, com o delegado Francisco Océlio destacando a falha do policial em seguir o protocolo ao não contatar o 190 após o incidente.

Com a morte de Marlon, o caso foi reclassificado como homicídio, passando a ser investigado pelo delegado Vinícius Oliveira, titular do Departamento de Homicídios de Olinda.

  1. O Incidente: Detalhes da briga de trânsito e o fatídico confronto.
  2. Versões Conflitantes: A narrativa do policial versus a contestação da viúva.
  3. Perfil de Marlon: Lembranças de um homem querido e sua contribuição como professor de dança.
  4. Resposta das Autoridades: Processo administrativo e investigação em andamento.
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