Nesta segunda-feira (8), autoridades políticas e do Judiciário reuniram-se no Congresso Nacional para repudiar os ataques ocorridos há exatamente um ano contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. No evento intitulado “Democracia Inabalada”, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacou a ausência de perdão para aqueles que atentam contra a democracia e enfatizou a necessidade de punição para os responsáveis pela tentativa de golpe.
Durante seu discurso, Lula apontou a desinformação e o discurso de ódio como combustíveis para os atos antidemocráticos ocorridos no 8 de janeiro do ano anterior. Além disso, defendeu a regulação das redes sociais, considerando-as um fator crucial na propagação de informações falsas.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, também condenou as “milícias digitais” e assegurou que todos os envolvidos na quebra da democracia serão investigados e responsabilizados. Moraes destacou a importância da regulamentação das redes sociais, ressaltando que a falta de controle contribui para a disseminação de discursos de ódio e desinformação.
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado e do Congresso Nacional, em seu discurso, alertou sobre a permanente vigilância contra “traidores da pátria” e enfatizou que a democracia só existe quando se respeita o processo eleitoral. Pacheco afirmou que desqualificar e desacreditar esse processo afeta não apenas as instituições republicanas, mas também o povo brasileiro.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, ressaltou que a depredação dos prédios públicos não foi um evento isolado, mas sim resultado de anos de ataques às instituições, ameaças e disseminação do ódio. Barroso alertou contra a condescendência com tais acontecimentos, destacando a importância de manter viva a memória do episódio para evitar sua repetição.
Os discursos, que tiveram como pano de fundo os ataques de 8 de janeiro de 2023, reforçaram a necessidade de responsabilização dos envolvidos e a busca pela preservação da democracia.