Donald Trump conquistou uma vitória significativa em sua batalha judicial para manter sua elegibilidade nas primárias presidenciais do estado de Michigan. Nesta quarta-feira (27), a Suprema Corte do estado recusou-se a ouvir um caso que buscava excluí-lo da cédula eleitoral. A decisão foi um revés para quatro eleitores que alegavam que o ex-presidente não poderia concorrer com base em sua participação no ataque ao Capitólio em janeiro de 2021, argumentando uma disposição constitucional que proíbe a ocupação de cargos por indivíduos envolvidos em “insurreição ou rebelião”.
A Suprema Corte de Michigan, ao não aceitar o recurso, afirmou que não considerava a questão digna de sua análise. Trump, em sua plataforma Truth Social, elogiou a decisão, classificando-a como uma recusa justa a uma “tentativa desesperada dos democratas” de excluí-lo da votação no estado.
Essa decisão contrasta com a da Suprema Corte do Colorado na semana anterior, que desqualificou Trump com base na mesma disposição constitucional. Trump anunciou sua intenção de apelar da decisão do Colorado à Suprema Corte dos Estados Unidos.
É importante notar que, enquanto Trump enfrenta desafios legais relacionados às eleições de 2020, incluindo um caso federal e na Geórgia, ele não foi acusado de insurreição no contexto do ataque ao Capitólio.
A resolução dessa questão de elegibilidade pode ter implicações nacionais para a possível candidatura de Trump na eleição presidencial de 2024. O advogado dos eleitores derrotados em Michigan expressou desapontamento, mas indicou a intenção de continuar buscando a defesa da disposição constitucional em fases subsequentes. Ao contrário do Colorado, a Suprema Corte de Michigan não se pronunciou sobre o mérito da questão da insurreição, mantendo a decisão dos tribunais inferiores de não interferir nas eleições primárias. Isso ocorre num cenário em que Michigan é considerado um estado crucial nas eleições gerais de novembro de 2024.