Em uma reviravolta na estratégia de defesa, Daniel Alves está avaliando a possibilidade de se declarar culpado e firmar um acordo com a Justiça espanhola, visando a eventual redução da pena em caso de condenação por violência sexual. As informações foram divulgadas pelo jornal espanhol Mundo Deportivo.
Nas últimas semanas, a advogada Inés Guardiola, especializada em casos de agressão sexual e direito penal, assumiu a representação legal do jogador, substituindo Cristóbal Martell.
A entrada da nova advogada no caso sugere uma possível mudança de abordagem na defesa do brasileiro. A intenção é formalizar um acordo com a Justiça para minimizar ao máximo a possível sentença, que varia de oito a dez anos em regime fechado. Para que o acordo seja efetivado, Daniel teria que compensar financeiramente a vítima e também admitir a culpa nas acusações.
Caso ele opte por admitir que forçou relações sexuais com a suposta vítima, isso representaria uma guinada significativa, tornando ainda mais evidentes as contradições em seus depoimentos anteriores.
O lateral-direito apresentou pelo menos cinco versões distintas do ocorrido na noite de 30 de dezembro em uma boate na cidade de Barcelona, Espanha. Em todas elas, Daniel negou a prática do crime; na versão mais recente, alegou que a relação foi consensual.
De acordo com o jornal El Español, a advogada de Daniel já estaria em processo de negociação desse acordo, embora não haja garantias de que a Justiça o aceitará.
Desde o dia 20 de janeiro, Daniel Alves encontra-se detido no centro prisional Brians 2, próximo a Barcelona, aguardando o início do julgamento, previsto para ocorrer entre o final de outubro e o início de novembro.