O assassinato do corretor de imóveis Márcio Adriano Nunes, que aconteceu no dia 9 de junho de 2021, em Bauru, finalmente teve um desfecho. O assassino, André Luiz Gonçalves Veloso, que é advogado, foi condenado a 30 anos, três meses e dois dias de prisão.
O Tribunal do Júri reconheceu que o réu cometeu o homicídio por motivo torpe, por emprego de meio cruel, que dificultou a defesa da vítima.
André Luiz fingiu ser um cliente, interessado em um imóvel, para atrair Márcio, que namorava a ex-esposa do advogado, e desferiu vários golpes de faca nele.
Na ocasião, o corpo de Márcio foi encontrado com quatro facadas no pescoço em uma casa no bairro Vila Auriverde. Câmeras de segurança registraram o momento em que o advogado foi cercado por policiais e imobilizado no chão.
O dono da imobiliária, no dia do crime, ficou preocupado uma vez que Márcio saiu para mostrar uma casa a um potencial cliente e não retornou, e tentou entrar em contato com o corretor, sem sucesso. Ele então, foi até o endereço e encontrou o corpo da vítima por volta das 22h.
André Luiz Gonçalves Veloso, foi identificado pouco depois com a ajuda de imagens de câmeras de segurança que mostraram ele chegando na residência e também saindo do local após o homicídio.
O delegado Cledson Nascimento, na época, informou que o corretor não conhecia o suspeito e mostrou a casa normalmente para ele. Quando chegaram aos cômodos do fundo da residência, o advogado golpeou Márcio com facadas no pescoço.
A Polícia descobriu que vítima namorava a ex-esposa de André. O advogado, que planejou o assassinato, entrou em contato com a vítima uma semana antes se passando por um cliente interessado em alugar um imóvel.
No dia da prisão, ao ser abordado enquanto ia para um restaurante, André tentou reagir sacando um revólver que estava em sua cintura. Ele disse que havia se arrependido de cometer o crime e que iria utilizar o revólver para se suicidar.
A faca usada no crime foi encontrada pouco depois nas proximidades de um pesqueiro que fica na vicinal que liga Piratininga à Rodovia João Ribeiro de Barros (SP-294).
