Mãe de bebê encontra pelo menos oito marcas de mordida na criança após buscá-la em creche. 

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Nesta terça-feira (2) a mãe de uma criança de um ano e cinco meses foi buscá-la na creche municipal “Lídio Tronco” em Palmital, e encontrou pelo menos oito marcas de mordida na criança.  

A mãe da criança, Jéssica Moreira, disse que ficou horrorizada com a situação e se sentiu “a pior mãe do mundo”. Ela ainda relatou que a filha mudou de comportamento e está com medo de pessoas que não sejam do ciclo familiar. 

“A diretora pediu para entrar na sala, já que ela também ainda não havia visto as lesões. Na hora que todo mundo viu aquilo, todo mundo ficou horrorizado. Só que, no momento, eu não tive reação. Só queria ir embora e chorar. Eu cheguei em casa, eu chorava, aí mandei para a minha mãe as fotos, minha mãe me aconselhou a ligar para a polícia”, relatou Jéssica. 

No mesmo dia Jéssica registrou o boletim de ocorrência na polícia e foi encaminhada à cidade de Assis para realizar o exame de corpo de delito. Mesmo assim, o abalo emocional vem afetando a vida da filha dela. 

“Ela mudou. Está com medo de ir no colo, medo de qualquer pessoa. Ela se esconde. Parece que todo mundo que chega perto dela vai morder. Só com os mais próximos, como minha mãe e irmãs, que ela não mudou tanto. Antes ela ia no colo de qualquer um”, conta. 

“A gente pensa mil coisas. Será que foi uma criança? Ninguém ouviu ela chorar? Cadê a tia? Como ninguém ouviu? Eu fiquei desesperada”, diz Jéssica. 

Jéssica também relatou que a filha já tinha sido mordida em pelo menos duas outras ocasiões na unidade de ensino, a primeira há aproximadamente dois meses e a segunda há cerca de 15 dias. 

Ainda segundo ela, depois do ocorrido com a filha, outras mães também passaram a reclamar de marcas de mordidas em seus filhos. 

A Secretaria Municipal de Educação de Palmital abriu um processo administrativo para apurar o caso e punir eventuais responsáveis. O comunicado informa ainda que “todas as medidas necessárias acerca do ocorrido já estão sendo tomadas”. 

Além disso, a administração municipal contou que vai antecipar a instalação de câmeras nas unidades. Antes, o projeto estava previsto para o segundo semestre de 2023. 

“Entramos em contato com a família, dando assistência até emocional, porque também me coloco no lugar de mãe. É muito triste para nós, como professoras e mães”, relata a secretária de Educação do município, Márcia Helena Descrove Franco. 

A pasta responsável pela Educação concluiu dizendo que lamenta o episódio. “Nos solidarizamos com os sentimentos dos familiares e nos colocamos à disposição da população para mais esclarecimentos”. 

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