Após recurso do Ministério Público, homem que tentou matar a enteada grávida tem sua pena estendida

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Davi Antonio de Souza teve sua pena aumentada pela Justiça de 21 anos e quatro meses de prisão, em regime inicial fechado, para 24 anos.

Davi, que era morador de Pirajuí, é condenado por tentar matar a ex-enteada, que estava grávida de nove meses. Devido ao crime, que aconteceu na noite do dia 18 de setembro de 2020, a jovem perdeu o bebê.

O Ministério Público de São Paulo, através do promotor de Justiça Nelson Aparecido Febraio Junior, escreveu que a sentença de primeira instância deixou de observar as circunstâncias previstas no artigo 59 do Código Penal, ao fixar a pena-base, elegendo a pena mínima em relação ao delito de tentativa de homicídio.

A promotoria ainda destacou no recurso à Justiça que “apesar de réu primário, o condenado merece a imposição de pena-base acima do mínimo legal, em razão das graves circunstâncias do fato e das consequências do crime geradas para a vítima, que carrega inúmeras cicatrizes”.

Na primeira sentença, Davi foi condenado por tentativa de homicídio com quatro qualificadoras: motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima – pela vítima ser do sexo feminino e no contexto de violência doméstica – e também pelo aborto sem consentimento da gestante.

À época, o próprio réu reconheceu, em interrogatório, que sabia da gravidez da vítima, tendo mesmo assim golpeado a mulher na barriga, na região onde estava o feto.

A agressão aconteceu na noite do dia 18 de setembro de 2020. Natália Patrícia Gimenes, ex-enteada de Davi, foi atingida no braço e no abdômen após uma discussão. Davi teve um relacionamento com a mãe dela e estaria perseguindo a ex-companheira.

O crime aconteceu em frente à casa da vítima, na Vila Ortiz. O marido de Natália e a mãe dela tentaram impedir a discussão, mas o agressor acabou esfaqueando a jovem e fugiu em seguida.

Natália foi socorrida e levada para a Santa Casa de Pirajuí, mas, por conta da gravidade da lesão no abdômen, precisou ser transferida para o Hospital Estadual para uma cirurgia de emergência. Devido ao ferimento, Natália acabou sofrendo um aborto e perdeu o bebê.

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