BOLSONARO CLASSIFICA ELEIÇÕES COMO LUTA ENTRE O “BEM E O MAL” EM EVENTO DO PL

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Na manhã deste domingo (27), em um encontro nacional do PL, partido do qual Bolsonaro faz parte, o presidente afirmou que a disputa política no país não é da esquerda contra a direita, mas do “bem contra o mal”.

“O nosso inimigo não é externo, é interno. Não é luta da esquerda contra a direita. É luta do bem contra o mal”, disse o presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o partido, a finalidade do encontro nacional da sigla era estimular a filiação de novos membros, o receio do PL era que o ato pudesse ser apontado na Justiça como campanha eleitoral antecipada.

Já Bolsonaro disse durante a semana passada que o evento seria para o lançamento da sua pré-candidatura à reeleição, porém, oficialmente ao longo dos discursos, não houve menção direta à pré-candidatura.

Em uma fala de cerca de 28 minutos, Bolsonaro relembrou sua trajetória como candidato vitorioso em 2018 e exaltou ações do governo. Em determinado momento do discurso, ele disse esperar sair da Presidência da República só “bem lá na frente”.

“O que nós queremos, juntamente com muitos que estão aqui, é deixar e entregar o comando deste país lá na frente, bem lá na frente, por um critério democrático, transparente. [Entregar] o país bem melhor do que recebi em 2019”, afirmou Bolsonaro.

Atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas, Bolsonaro, sem provas, desacreditou os levantamentos: “Uma pesquisa mentirosa publicada mil vezes, não fará um presidente da República.”

O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, se referiu à Bolsonaro como futuro presidente pelo segundo mandato. “Quero cumprimentar nosso presidente e nosso futuro presidente pelo segundo mandato”, disse.Bolsonaro repetiu ideias e princípios em seu discurso, que agradam aos seus eleitores mais fiéis e que fazem parte do bolsonarismo radical. O presidente também ressaltou suas ações em seu mandato que facilitaram para a população civil o acesso a armas de fogo e à munição.

O presidente também repetiu seu argumento de que a sociedade armada evita golpes por parte dos governos. Especialistas em segurança apontam que, na verdade, mais armas em circulação aumentam a violência.

“Geralmente as ditaduras começam dentro do Executivo. Eu nunca vi o legislativo dar golpe, o Judiciário dar o golpe. E primeiro se desarma a população de bem. O nosso governo age na contramão disso. Não tem nada para acusar o governo de que nos estaríamos buscando censurar o nosso povo ou censurar a mídia brasileira”, disse Bolsonaro.

O presidente ainda disse que  “para defender a liberdade e a democracia, tomará decisões “contra quem quer que seja””. Ele não deu detalhes sobre ao que estava se referindo especificamente e disse ainda que conta com um “exército” formado pelos seus apoiadores.

Mais uma vez, sem provas, o presidente levantou suspeitas sobre o sistema de contagem de votos do TSE.

“O que me motivou a buscar aquele objetivo [concorrer nas eleições de 2018] foi uma reeleição de uma pessoa que não tinha qualquer carisma, que a gente não consegue entender como teve dentro do TSE tanto voto”, declarou Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro também falou de corrupção. Na última semana, o governo viu explodir uma crise no Ministério da Educação, com divulgação de um áudio do ministro Milton Ribeiro dizendo que, a pedido de Bolsonaro, repassa verbas da pasta para municípios escolhidos por pastores. Surgiram também denúncias de que, em troca da verba do MEC, os pastores cobravam propina dos municípios. A Polícia Federal iniciou investigações.

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