O caso ocorreu na sexta-feira (4) na Escola EB 2,3 Dr. Ruy D’Andrade, a menina de 11 anos, foi vítima de socos e pontapés, mas não sofreu ferimentos graves.
A mãe prestou uma queixa sobre o caso na Polícia de Segurança Pública do país e a Direção do Agrupamento de Escolas (AE) do município informou que um inquérito foi instaurado para averiguar o ocorrido.
A brasileira Antônia Melo, mãe da menina, quer trocar a filha de colégio, pois a filha está com medo de voltar à instituição por causa da violência que sofreu.
“A escola entrou em contato comigo e disse que as medidas estão sendo tomadas. Me chamaram hoje para falar das faltas da minha filha. Já manifestei o meu interesse em ela ser trocada de colégio”, declarou Antônia.
A garota passa por acompanhamento psicológico e a mãe, que tinha escolhido morar em Portugal para fugir da violência no Brasil, ainda estuda como vai acionar a Justiça para resolver o caso, já que não tem o dinheiro que um processo judicial demandaria.
“Ainda estou sem chão, sem meios, sem saber o que fazer juridicamente. Aqui, a Justiça acaba sendo cara, tem os custos a serem pagos. Eu saí do Brasil para ser só mais uma assalariada. Hoje eu recebo, pago minhas despesas e vivo bem, mas se eu tiver despesas altas é mais complicado de ficar administrando”, declarou Antônia.
O caso de violência sofrido pela criança na escola fez com que a mãe considerasse deixar a Europa. “Foi a primeira vez que eu cheguei a cogitar ou pensar em voltar para o Brasil, mas hoje eu não tenho mais nada. Tenho o meu filho, que já tem a vida dele, a carreira dele, que está se programando para vir me visitar, mas começar do zero no Brasil?”, ponderou.
Ela se disse surpresa por relatos semelhantes vividos por brasileiros em outros países, como a França, recebidos desde que publicou seu relato.