Nesta quinta-feira (3) no Fórum de Marília, em sessão do Tribunal do Júri, Israel Luiz Vieira foi condenado a 21 anos de prisão em regime inicial fechado.
O júri condenou Israel culpado pela morte da enteada de 2 anos em setembro de 2017. Ele foi condenado por homicídio doloso e seguirá preso, sendo encaminhado ao presídio de Tremembé.
A defesa de Israel deve recorrer da decisão. O julgamento já havia sido adiado três vezes por causa da pandemia. A primeira estava prevista para o dia 14 de maio de 2020, a segunda 22 de abril de 2021 e a terceira em 5 de agosto de 2021.
Israel vivia em união estável com a mãe de Isabelle Fernandes e morava com as duas no CDHU. No dia 23 de setembro de 2017 a menina estava sob os cuidados do padrasto enquanto a mãe trabalhava.
A menina deu entrada no Hospital Materno Infantil no período da tarde, com diversos hematomas e arranhões pelo corpo. O Conselho Tutelar foi acionado.
Israel informou inicialmente no hospital que a menina teria ingerido acidentalmente remédios da mãe e caído da cama, porém as lesões da menina eram incompatíveis com a história narrada pelo padrasto. Ele chegou a mudar a versão, dizendo que ela teria caído da escada.
A menina morreu após cinco dias internada. As investigações apontaram que Isabella foi sacodida de forma violenta e exagerada, o que provocou um rompimento no sistema vascular cerebral e ótico, levando a morte por traumatismo craniano grave, com diversos hematomas e hemorragia interna, sinais característicos da chamada “síndrome do bebê sacudido”.
O padrasto foi preso no dia 29 de setembro de 2017 e teve sua prisão preventiva decretada sendo indiciado por homicídio doloso.
De acordo com o inquérito policial, além da violência empregada ele também teria demorado a pedir socorro o que deixou a criança agonizando por quase duas horas.