Três amigas resolveram produzir e doar polvinhos para recém-nascidos do HBU (Hospital Beneficente Unimar). Angélica Monteiro mora em Júlio Mesquita, mas trabalha em Marília e, juntamente com as amigas Lilian e Silvana Silva, produziu cerca de 40 polvos de linhas de algodão.
Ela conta que uma colega informou que o netinho precisava de um polvo, porque estava na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Quando soubemos da importância dos polvinhos, decidimos pedir ajuda para as demais colegas e houve grande doação de linhas de algodão, resultando na produção de 40 unidades”, contou.
Ela explicou que decidiu doar metade da “produção” para o HBU e o restante para outro hospital. “Entendemos que é uma iniciativa importante, pois ajuda na recuperação dos recém-nascidos”, destacou. Os bonequinhos são feitos de lã, com materiais que não machucam e nem causam alergias às crianças.
“Eu sei da importância dos polvinhos. Tenho quatro filhos e minha netinha está internada. Fizemos um polvo para ela também”, explicou. Angélica destacou ainda que contou com a ajuda de cerca de 20 pessoas e vai produzir mais peças. “O sentimento é de gratidão, de poder ajudar estas crianças e suas famílias. Doamos com muito carinho e sabemos que todo bem que fazemos ao próximo, recebemos em dobro”, finalizou.
POLVOS / O Projeto Octo, surgido na Dinamarca em 2013, costura e doa polvos de crochê para bebês prematuros em UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) neonatais. A intenção é de que, quando abraçado, o brinquedo transmita calma e proteção ao recém-nascido, já que os tentáculos se remetem ao cordão umbilical e causam a sensação de segurança parecida à do útero materno.
O projeto, que surgiu com um pequeno grupo de voluntários, hoje já faz doações para 16 hospitais pela Dinamarca e recebeu pedidos para atuar em mais 15 países pelo mundo.
Por questão de segurança, os polvos de crochê dever ser 100% de algodão para poderem ser lavados. Além disso, é importante que os tentáculos não ultrapassem a medida de 22 centímetros.