Os agentes do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil de Pernambuco invadiram um resort de luxo as 6 horas da manhã na última quinta-feira (4).
Eles prenderam um homem acusado de fraudes financeiras, estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Max William Gonçalves Campos, o Mineiro, não tinha um emprego oficial, mas guardava quase um milhão de reais em sua conta bancária.
No mesmo dia, outros membros da quadrilha também foram presos durante a Operação Veritas.
Foi mais de um ano de investigações. A quadrilha envolvia gerentes de bancos, dois Policiais Militares, um Policial Civil e muita tecnologia em uma estrutura sofisticada de fraude.
Quem comandava a operação era Eduardo da Costa Pereira, conhecido como Frango ou Edu Miami. O esquema funcionava da seguinte forma: um sargento e um capitão da Polícia Militar acessavam o sistema e identificavam possíveis vítimas para os golpes. E um Policial Civil, buscava dados de pessoas mortas. Os três repassavam as informações para Eduardo. Depois, a quadrilha acionava seus integrantes dentro dos bancos: gerentes que participavam do esquema. Os criminosos usavam cartões de crédito clonados e cheques com assinaturas idênticas às originais.
Eles vão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato, entre outros crimes.
Na investigação que levou à prisão de Eduardo esta semana, o que mais surpreendeu a polícia foi o uso de informações extraídas de bancos de dados da própria polícia.
A Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, em nota, disse que as instituições estão comprometidas com o aprimoramento constante dos sistemas de segurança das instituições, para garantir a eficiência das operações financeiras cotidianas de milhões de brasileiros. E que os bancos atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos.