A INFLAÇÃO ATUAL É CULPA DE QUEM?

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A inflação no Brasil é culpa do governo ou um reflexo do que acontece no mundo? De acordo com especialistas houve mesmo uma alta de preços de alimentos e petróleo no mundo, porém a inflação poderia ter sido menos caso o governo brasileiro não tivesse alimentado a valorização do dólar e adotasse medidas que reduzissem o impacto da alta de preços.

Dentre as medidas que o governo poderia ter adotado estão a utilização de estoques reguladores de alimentos, um fundo do petróleo para o setor de combustíveis e uma maior atuação no mercado de câmbio.

Outro grupo de especialistas acredita que essas medidas seriam uma forma artificial de manipular o mercado e não teriam um efeito duradouro e discordam de tais ações.

Porém os dois grupos concordam que se houvessem menos incertezas sobre a política atual do governo, o dólar não teria subido tanto e a inflação seria menor.

Apesar de existir sim uma inflação em todo mundo, no Brasil ela é mais forte. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) saltou de 4,31% para 10,25% em 12 meses enquanto em outros países o aumento é em média de 1%.

Variação de preços em 12 meses até setembro

Alimentação: 14,7%

Arroz: 11,4%

Feijão: 12,6%

Milho: 16,7%

Hortaliças e verduras: 18,1%

Carnes: 24,9%

Óleo de soja: 32,1%

Gás botijão: 34,7%

Energia elétrica residencial: 28,8%

Combustíveis: 42%

Para os economistas o governo deveria deixar claro qual é o plano para os gastos público não apenas para 2021 mas também para 2022 e assim tentar diminuir o valor do dólar diminuindo esta incerteza do mercado internacional.

Ainda para os especialistas, apesar da controvérsia entre intervir ou não na economia, poderia ter sido feito um fundo petróleo. Parte dos reajustes nos combustíveis poderia ter sido reduzida pela Petrobras se a petroleira fosse compensada financeiramente por segurar os preços por um certo período. Esse dinheiro viria de um fundo, abastecido por lucros passados da própria companhia ao governo ou impostos. Segundo o economista André Roncaglia, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o petróleo influencia quase tudo na economia brasileira, e por isso os reajustes deveriam ser repassados de forma mais lenta aos consumidores.

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