“Não dá pra varrer pra debaixo do tapete”: vereadora Fabiana Camarinha cobra ações urgentes na Saúde Mental em Marília

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A vereadora Fabiana Camarinha (PSD) voltou a colocar o dedo na ferida e trouxe à tona um assunto que tem tirado o sono de muitas famílias marilienses: os crescentes casos de violência autoprovocada e suicídio registrados nos últimos meses na cidade. Por meio do Requerimento nº 2262/2025, protocolado na Câmara Municipal, a parlamentar cobra da Prefeitura de Marília e da secretária municipal da Saúde, Paloma Libânio, informações detalhadas sobre os números do problema e as medidas urgentes adotadas para garantir atendimento psicológico e psiquiátrico à população.

“Saúde mental não pode esperar”

Fabiana pediu um levantamento completo dos casos registrados entre janeiro e setembro deste ano, além de dados sobre quantas pessoas ainda aguardam nas filas por consultas em psiquiatria e psicologia. O requerimento também sugere ações imediatas, como a criação de grupos de apoio e a implantação de atendimentos online com profissionais da saúde mental nos postos de saúde.

“Estamos diante de uma situação que exige agilidade e empatia. A saúde mental precisa ser tratada como prioridade, e não como um favor”, destacou a vereadora, em tom firme.

Experiências que dão certo

Em sua justificativa, Fabiana citou o exemplo do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental Vila Mariana (Caism), em São Paulo, que é referência nacional no atendimento a pessoas com transtornos mentais graves. O programa, que funciona em parceria com o Governo do Estado e universidades, oferece atendimento integral e gratuito, com suporte médico, psicológico e terapias de reintegração social.

A vereadora também defendeu o uso da Telemedicina como ferramenta emergencial para reduzir filas e garantir acesso rápido aos diagnósticos. “É preciso inovação e vontade política. Cada dia sem atendimento pode custar uma vida”, alertou.

Avanços e desafios

Fabiana reconheceu que o prefeito Vinícius Camarinha e a secretária Paloma Libânio vêm buscando reerguer o sistema de saúde, herdado com quase R$ 2 bilhões em dívidas da gestão anterior. Um dos avanços apontados é a construção do novo CAPS de porte III, que funcionará 24 horas, inclusive nos finais de semana — um passo importante no enfrentamento da crise.

“Mesmo com os desafios financeiros, é possível priorizar quem mais precisa. A dor emocional não pode esperar o orçamento do mês que vem”, frisou a vereadora.

Compromisso com a causa

A parlamentar lembrou ainda que foi autora do Requerimento nº 839/2025, que resultou na audiência pública sobre Saúde Mental, realizada em maio deste ano na Câmara. O encontro reuniu profissionais da área, servidores e pacientes, que compartilharam vivências e sugestões. Agora, o novo pedido reforça a necessidade de atualizar dados e criar políticas públicas mais eficazes.

“Quem cala diante da dor do outro, consente com o sofrimento. A vida tem que estar sempre em primeiro lugar”, concluiu Fabiana Camarinha.

Comentário JP Jornal O Popular:
Em tempos em que a saúde mental se tornou uma das maiores dores silenciosas da sociedade, a cobrança da vereadora Fabiana Camarinha acende um alerta que não pode ser ignorado. É hora de olhar de frente para esse problema — sem maquiagem, sem promessas vazias. Afinal, como diz o ditado: “Prevenir é sempre melhor que remediar.”

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