“Saidinha” termina com 16 presos foragidos em Marília; índice de evasão sobe para 2,7%

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“Benefício ou brecha? Saída temporária vira passaporte para a criminalidade”

A tradicional “saidinha” de junho virou manchete indigesta em Marília. Durante o benefício concedido entre os dias 17 e 23, 16 presos aproveitaram a liberdade temporária para sumir no mundo — e, até o momento, nada de regressarem às unidades prisionais. O índice de evasão foi de 2,7%, superando os 2,1% registrados na saída de março. Como diz o povo, “quem muito dá corda, corre o risco de perder o pião”.

Conforme dados do Departamento Estadual de Execução Criminal (Deecrim), a Penitenciária de Marília foi quem mais viu o bonde da liberdade virar fuga. Dos 439 detentos liberados, 14 não voltaram, registrando um índice de 3,1%. Já no Centro de Ressocialização (CR), que liberou 140 reeducandos, apenas dois resolveram esticar a folga além do prazo, representando 1,4% de evasão.

Evasão na região
As penitenciárias da região também tiveram sua dose de dor de cabeça. Em Gália, 196 presos foram liberados e quatro não voltaram — 2% de evasão. Em Álvaro de Carvalho, o índice foi ainda maior: 2,9%, com quatro dos 134 detentos também fazendo vista grossa ao retorno.

O que diz a lei?
A saída temporária, que ocorre cinco vezes por ano, é um direito concedido a detentos do regime semiaberto que cumprem os critérios exigidos pela Justiça: bom comportamento, tempo mínimo de pena cumprido e residência fixa. Mas atenção: se fugir, o benefício é cortado e o regime fechado bate à porta sem dó nem piedade.

O detento precisa permanecer em casa, só pode sair das 6h às 19h e está proibido de frequentar bares, boates, casas de jogos e lugares de reputação duvidosa. Se vacilar, volta direto pro “xilindró”, sem direito a nova saidinha.

A próxima leva está agendada para setembro, entre os dias 16 e 22. Mas se o número de evasões continuar nesse passo de marcha ré, o debate sobre as regras da saída temporária deve voltar a esquentar.

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Comentário JP Jornal O Popular
“A liberdade é uma estrada que só se mantém aberta com responsabilidade. Quando o benefício vira brecha para a fuga, quem paga a conta é a sociedade. A justiça solta, mas o povo quer segurança. E como diz o ditado: ‘quem não sabe aproveitar a chance, perde o direito de tê-la de novo’.”

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