Contrato na reta final
Com o atual contrato de concessão do transporte coletivo urbano prestes a vencer em dezembro, o vereador Luiz Eduardo Nardi (Cidadania) bate o pé e defende que “não dá pra assinar de olhos fechados”. Segundo ele, a população precisa ser ouvida antes que um novo contrato seja fechado.
Voz do povo não é eco
“Recebemos reclamações todo santo dia. Tem ônibus que mais parece sucata ambulante e bairro que nunca viu uma linha passando”, disparou Nardi, que quer audiências públicas antes de qualquer decisão. Segundo o vereador, o novo contrato tem que ir muito além do básico: deve garantir pontualidade, conforto e, principalmente, mais linhas nos bairros afastados.
Cidade cresceu, o serviço não acompanhou
“O povo foi pra frente e o transporte ficou pra trás”, alertou. O vereador lembrou que Marília inchou, principalmente nas zonas Sul, Oeste e Norte, e que há bairros com mais moradores do que cidades inteiras da região. Ainda assim, os ônibus seguem escassos como água no deserto. “Não é justo com quem trabalha, estuda e depende desse serviço pra viver”, disse.
Empresas no banco dos réus (mesmo que simbólico)
Nardi não poupou críticas às empresas Grande Marília e Sorriso, responsáveis pelo transporte coletivo. “Já deu o que tinha que dar. Ônibus velhos, linhas que somem sem aviso, e o povo que lute”, alfinetou. Embora tenha descartado a abertura de uma CPI por falta de tempo, Nardi deixou claro que o próximo contrato precisa colocar as empresas na linha — e não o povo na fila.
Experiência que pesa
Com passagens pela vice-prefeitura, Sabesp, Daem e Emdurb, Nardi não fala da boca pra fora. Está no quinto mandato e já viu muita promessa virar poeira. Por isso, exige responsabilidade no novo acordo: “Contrato bom é aquele que serve o povo, e não só as empresas”, resumiu.
Comentário JP JORNAL O POPULAR:
Na hora de renovar o contrato, que não renovem os mesmos erros! Transporte coletivo é direito, não favor. A população merece mais do que latarias andando aos trancos — merece dignidade sobre rodas.
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