“Quem planta vento, colhe tempestade.” Foi isso que o ex-médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 33 anos, colheu após ser condenado a 30 anos de prisão em regime fechado por um crime que chocou o Brasil e tirou o chão de qualquer um que ainda acredita na dignidade da profissão médica. A sentença, dada pela 2ª Vara Criminal de São João de Meriti (RJ), caiu como um raio em céu (nem tão) azul. E, convenhamos: já não era sem tempo!
Em 2022, Bezerra foi preso em flagrante após ser filmado estuprando uma paciente desacordada em pleno parto. A gravação, feita por colegas de trabalho no Hospital da Mulher Heloneida Studart, mostrou o anestesista abusando sexualmente da gestante, sob efeito de anestesia, enquanto ela dava à luz.
A partir daí, o que era desconfiança virou escândalo nacional. Investigações revelaram outras vítimas e levaram o Ministério Público a oferecer denúncia por estupro de vulnerável contra duas mulheres — crimes que agora se tornaram sentença de condenação.
Além da pena de prisão, Giovanni foi condenado a pagar R$ 50 mil a cada vítima, a título de danos morais. Um valor que, convenhamos, não paga a dor nem apaga a vergonha de um trauma sem cura.
“É a justiça dizendo em alto e bom som: o jaleco não é capa de invisibilidade para canalhas”, comenta a Redação do JP Jornal O Popular, que vem acompanhando o caso desde o início.
“O hospital deveria ser lugar de vida, não de terror. Isso foi um estupro da confiança, da ética e da dignidade humana. A justiça veio, ainda que tarde, como parto difícil, mas necessário.”
Desde dezembro de 2023, Giovanni não pode mais exercer a medicina. Teve seu registro profissional cassado pelo Conselho Federal de Medicina. Agora, o homem que um dia jurou salvar vidas cumpre pena no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, em Bangu, onde não há anestesia que alivie a consciência de um monstro disfarçado de doutor.
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