Está marcado para quarta-feira (4), a partir das 9h30, no Fórum de Marília, o julgamento de Roberto Carlos dos Santos, pedreiro acusado de um crime que parou a pacata cidade de Vera Cruz em abril de 2019. A justiça pode até demorar, mas quando chega, “vem que nem caminhão sem freio em ladeira”.
Santos vai sentar no banco dos réus para responder por tentativa de homicídio, ameaça e violência doméstica. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele não aceitou o fim do relacionamento com sua ex-companheira, e pior: ficou revoltado ao saber que ela havia iniciado uma nova relação, desta vez homoafetiva.
A noite de 17 de abril daquele ano virou pesadelo. Conforme o MP, por volta das 19h, Roberto invadiu a casa da ex, localizada na Rua 13 de Maio, desferindo socos e chutes contra a mulher. E como se não bastasse a covardia das agressões, ele teria ainda apontado uma arma para a cabeça da atual companheira da ex-mulher, puxando o gatilho duas vezes — e só não cometeu um assassinato porque a arma falhou.
Como diz o ditado, “Deus escreve certo por linhas tortas”, e parece que, naquele momento, o destino protegeu a vítima.
Após a brutalidade, o pedreiro fugiu, mas foi encontrado pouco depois pela Polícia Militar, caminhando tranquilamente próximo ao distrito de Lácio, como se nada tivesse acontecido. Na abordagem, os PMs encontraram com ele um revólver calibre 32, com cinco munições — três delas picotadas, o que indica que a arma realmente foi acionada.
Se condenado, Roberto Carlos dos Santos poderá pegar uma pena de mais de 20 anos de cadeia em regime fechado. “Quem planta vento, colhe tempestade”, já dizia a sabedoria popular.
Comentário do JP Jornal O Popular:
Mais do que um julgamento, este caso é um grito de alerta sobre a violência que muitas mulheres — e suas companheiras — ainda enfrentam. Que a justiça seja feita com a firmeza que o caso exige. Porque amor não se impõe na marra, nem se resolve com bala.
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