Por JP JORNAL O POPULAR – O jornal que não dorme no ponto
Nem cama de hospital escapa da mira da Justiça. Internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi surpreendido nesta quarta-feira (23) por um oficial de Justiça com a citação nas mãos, marcando o início da ação penal no STF por tentativa de golpe de Estado.
A justificativa? Uma live feita por Bolsonaro na véspera, diretamente da UTI, com direito a comentários sobre recuperação, sonda, previsão de alta e até sorteio de capacete. Pra Suprema Corte, se dá pra ir ao ar ao vivo, dá pra receber citação judicial.
📌 “A divulgação de live realizada pelo ex-presidente na data de terça -feira (22/4) demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado ontem quarta-feira (23/4)”, afirmou o STF em nota oficial.
“Quem fala pra milhões, ouve do oficial”: Justiça não vê impedimento
Aliados chiaram, dizendo que a diligência foi “inoportuna”, dado o estado de saúde do ex-presidente. Mas o STF já tinha avisado: os réus do chamado “núcleo 1” da ação foram citados entre os dias 11 e 15 de abril. No caso de Bolsonaro, a diligência foi adiada por causa da internação, mas com a live no ar, a Corte entendeu que o momento “oportuno” tinha chegado.
Na transmissão, Bolsonaro apareceu com os filhos, falou da expectativa de retirada da sonda, de possível alta para o dia 28 e aproveitou até para zombar: “Se nesse sorteio você aperta o botão, sai no papel ou só na tela?” – cutucando a eterna tecla do voto impresso.

E agora? Prazo de 5 dias corre no relógio da Justiça
Com a citação feita, começa a contagem de cinco dias para a defesa de Bolsonaro e dos demais réus se manifestarem. É hora de apresentar provas, pedir testemunhas e alegar tudo que possa “interessar à defesa”.
Estão no mesmo barco:
- Alexandre Ramagem
- Almir Garnier Santos
- Anderson Torres
- Augusto Heleno
- Paulo Sérgio Nogueira
- Walter Braga Netto
O ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, já entregou sua defesa.
E o processo? Segue o baile jurídico
Depois da fase de defesa, vem a instrução processual, oitiva de testemunhas, interrogatórios e por aí vai. Só então o STF pautará o julgamento. Se houver condenação, aí sim, a conversa muda de tom — com penas podendo ser aplicadas de imediato após trânsito em julgado.
Comentário do JP JORNAL O POPULAR:
“Live na UTI virou atestado judicial. No Brasil, quem fala ao vivo, também responde em tempo real. Aqui se faz, no wi-fi se paga. E o JP segue firme, de olho até na telinha do hospital.”
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