Recepcionista denuncia colegas por mensagens racistas e é demitida após 45 dias de trabalho

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Racismo no ambiente de trabalho: Recepcionista denuncia colegas por mensagens racistas em Bauru (SP)

Uma denúncia de injúria racial abala a cidade de Bauru, no interior de São Paulo, após uma funcionária de uma empresa de segurança terceirizada revelar mensagens racistas enviadas por colegas de trabalho. Isabel Cristina de Oliveira, de 32 anos, que atuava como recepcionista em um prédio comercial na Avenida Getúlio Vargas, foi chamada de “nega feia” em um grupo de WhatsApp, no qual dois colegas, tio e sobrinha, faziam comentários ofensivos sobre sua aparência e competência.

Após 45 dias no trabalho, Isabel foi demitida, mas o que mais chocou foi o teor das conversas, que evidenciam o racismo presente no cotidiano da vítima. Nas mensagens trocadas entre Onildo Alexandre de Sousa e sua sobrinha, Victoria de Oliveira Rosa, ambos funcionários da empresa SPSP, a recepcionista foi alvo de comentários pejorativos e desumanizantes.

Mensagens de ódio reveladas
Na conversa, Victoria critica a postura de Isabel no trabalho e, junto com seu tio, reforça o preconceito com insultos racistas. Em um trecho, Onildo se refere a Isabel como “nega feia”, enquanto Victoria diz que ela “se acha bonita” e que a recepção deveria ser ocupada por “meninas bonitas”, culminando com a inserção de um emoji de macaco para se referir à vítima. A troca de mensagens revela o nível de hostilidade enfrentado por Isabel no ambiente de trabalho.

Ação da empresa e investigação policial
Ao tomar conhecimento da situação, a empresa SPSP agiu rapidamente. Em nota, informou que acionou seu Comitê de Ética e decidiu demitir os dois envolvidos. O caso foi levado à polícia, e Isabel registrou um boletim de ocorrência por injúria racial, buscando justiça diante dos ataques sofridos. Victoria, por sua vez, informou à imprensa que está disposta a cooperar com as investigações e entregará seu celular à polícia.

Este triste episódio reacende o debate sobre o racismo estrutural e a necessidade de maior vigilância nas empresas em relação à conduta de seus funcionários. Casos como o de Isabel expõem o quão enraizado esse preconceito pode estar nas relações diárias, levando à exclusão e sofrimento de muitas vítimas.

JP Jornal O Popular – Contra o preconceito, sempre em defesa da justiça e da dignidade humana.

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