Problemas de saúde podem estar relacionados com a falta de sono, diz pesquisa

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JP. JORNAL O POPULAR – Um estudo britânico recente comprovou que a falta de sono faz mal para a saúde e deixa a pele com a aparência envelhecida. Utilizando inteligência artificial para demonstrar os impactos no rosto, a pesquisa revelou que rugas, olheiras e flacidez na pele são algumas das consequências de dormir menos de sete horas por noite.

Marcia Aparecida Gonçalo de Moraes, dona de um salão de beleza, compartilha sua experiência sobre a dificuldade de completar as horas mínimas de sono. “Eu deito na cama de banho tomado às 1h da manhã e durmo trinta minutos depois. Acordo todos os dias às 5h30. Eu me vejo mais envelhecida graças ao cansaço, a olheira, o aspecto de envelhecer mesmo”.

A pesquisa, realizada com dois mil ingleses e encomendada pela Simba Sleep, entrevistou participantes sobre seus padrões de sono e catalogou as condições estéticas de seus rostos. Com o auxílio da inteligência artificial, os pesquisadores estabeleceram a relação entre a redução das horas de sono e o aumento de rugas, flacidez e olheiras. Segundo o estudo, bebês precisam dormir 16 horas, crianças 10 horas, enquanto adultos e idosos necessitam, em média, de sete horas de sono.

O neurologista Flávio Sekeff Sallem explica que o cérebro interpreta a privação do sono como um sinal de emergência, como se a pessoa estivesse em perigo. “O sangue acaba indo para os órgãos internos, que são justamente os principais nessa situação, fugindo um pouco da pele. Então, esses pacientes, depois de meses, começam a apresentar mais rugas, menos brilho na pele, flacidez, entre outros sintomas”, relata o especialista.

O medo de parecer mais velho é desesperador em uma sociedade que hipervaloriza a juventude. Contudo, uma pesquisa como essa tem o valor de alertar sobre o que acontece debaixo da pele, destacando o impacto do sono, ou a falta dele, na saúde como um todo. O sono reparador não é apenas um ditado popular; não dormir adequadamente aumenta o risco cardiovascular, elevando as chances de infarto, arritmia, derrames, doenças cerebrovasculares, hipertensão arterial, diabetes, entre outros problemas, conforme complementa o neurologista.

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