Venda de veículos cai 5,44% em setembro, segundo Fenabrave

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Em setembro, as vendas de veículos novos apresentaram uma queda de 5,44% em comparação com agosto, conforme divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave) na terça-feira (3). Todos os segmentos monitorados pela Fenabrave registraram declínio em setembro em relação ao mês anterior.

Houve redução nas vendas de automóveis (-5,08%), comerciais leves (-3,80%), caminhões (-5,83%), ônibus (-4,01%) e motos (-5,31%).

No acumulado do ano, o setor registra um aumento de 12,52% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O segmento de motos está em ascensão, dada a tendência de aumento nos preços dos carros, tornando-os acessíveis apenas para compradores de maior renda. Até setembro, as vendas de motos apresentam um aumento de 19,68%. As vendas de veículos (automóveis e comerciais leves) acumulam um aumento de 9,99%, impulsionado pelo incentivo do governo, que foi encerrado em julho. As vendas de ônibus tiveram um aumento de 23,70%.

Apesar dos incentivos do governo federal, as vendas de caminhões continuam no vermelho e acumulam uma queda de 17,53% de janeiro a setembro.

O mercado de veículos continua enfrentando desafios devido ao crédito restrito e às altas taxas de juros, fatores que têm um grande impacto no setor. O presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, destaca: “Os desafios do setor automotivo permanecem, com o crédito restrito e a diminuição do poder de compra da população, dificultando o acesso a veículos novos”.

É importante ressaltar que a interpretação dos números positivos deve considerar a base de comparação baixa de 2022, um ano que registrou queda nas vendas. Além disso, neste ano, as montadoras receberam um forte estímulo do governo através da renúncia fiscal, o que resultou em preços mais baixos e um aumento significativo nas vendas do setor, com exceção do mercado de caminhões.

José Maurício Andreta Jr. observa: “O crédito restrito e os ajustes nos preços dos novos modelos afetaram o desempenho do mercado de caminhões. Pelo menos, tivemos uma evolução nos emplacamentos diários em comparação com agosto”.

O programa de incentivo do governo para caminhões e ônibus foi encerrado em 3 de outubro. Dos R$ 1 bilhão previstos, apenas 32% foram utilizados, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O programa envolvia descontos das montadoras às concessionárias, em troca de incentivos tributários, e esses descontos seriam repassados aos consumidores.

Para automóveis, o programa foi encerrado em julho, com R$ 680 milhões dos R$ 800 milhões totais utilizados.

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