O estado de São Paulo concentra a maior frota de utilitários do país. Alguns modelos de picape são muito buscados pelos ladrões e seus seguros podem chegar a R$ 12 mil por ano.
Além disso os proprietários são obrigados a tomar uma série de cuidado como ficar atentos quando param no farol e prestar ainda mais atenção no retrovisor. Além disso, deve-se evitar estacionar na rua.
Segundo um levantamento de uma empresa de rastreamento, o número de roubos e furtos disparou no estado de São Paulo. Com base nos dados do Portal da Transparência da Secretaria da Segurança Pública, houve crescimento de 27,46% neste tipo de crime, entre janeiro e novembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2021.
“Ele aumentou com relação a 2019 também. E isso faz com que a gente possa entender que ficou represado durante um tempo, em 2020, os números caíram bastante por falta de circulação dos carros, nessa situação de represamento dos roubos e furtos acabou se agravando em 2022”, explica o gerente da Ituran Brasil, Rodrigo Bouti.
A maior parte dos crimes, de acordo com o levantamento aconteceu na capital paulista, seguida das cidades de Campinas e Ribeirão Preto. Os ladrões preferem furtos no lugar de roubos. Eles agem em dias de semana e no período da manhã. A maioria das ações acontece em via pública.
Ainda de acordo com o estudo, os veículos preferidos dos ladrões têm entre 5 e 10 anos de idade, por conta da demanda de peças no mercado paralelo, que é alimentado pelos desmanches de carros roubados. Com isso, o valor do seguro das picapes mais visadas pelos assaltantes aumentou em até 50%.
“O roubo e furto de veículos têm uma influência direta no preço do seguro. Como a gente está em um momento que aumenta essa incidência de roubos e furtos, a gente vai observar o aumento, para aqueles veículos mais visados, a gente vê o preço do seguro subindo. Isso realmente acontece”, observa o vice-presidente e diretor técnico de uma seguradora, Manes Erlichman.
Algumas empresas especializadas viram crescer a busca por alternativas mais baratas, como os rastreadores. “O mercado de rastreadores cresceu muito nos últimos 4 anos, aproximadamente, 30% no último ano, tendo em vista que os clientes procuram soluções mais acessíveis”, afirma a líder do departamento de recuperações de uma empresa de rastreamento, Leila Solera.