O governo de Bolsonaro gastou mais de R$ 3,5 milhões em alimentos e petiscos servidos no avião presidencial ao longo dos quatro anos de mandato.
Os dados foram obtidos pelo deputado federal Elias Vaz (PSB) por meio do Portal da Transparência.
Só neste ano, o valor despendido chegou a quase R$ 1,2 milhão, sendo o mais alto desde 2019.
Veja abaixo as quantias gastas com comidas e bebidas durante as viagens:
- 2022: R$ 1.183.459,95
- 2021: R$ 889.583,37
- 2020: R$ 656.117,38
- 2019: R$ 851.159,36
O deputado explica que o serviço não é pago com cartão corporativo, já que a empresa é contratada por meio de licitação.
O contrato com o fornecedor dos quitutes foi firmado em 2017, no governo Michel Temer, e foi prorrogado por diversas vezes. A tratativa inclui:
- Refeições prontas (almoço, jantar e café da manhã)
- Bebidas não alcoólicas
- Lanches (salgados e sanduíches)
- Petiscos (castanhas, barras de cereais e frios)
- Frutas
- Doces e
- Gelo
“Ou seja, além de gastar milhões todo mês com cartão, Bolsonaro ainda usou mais dinheiro público para bancar luxos no avião presidencial”, critica o parlamentar. “Esses valores absurdos colocam em xeque a imagem que o presidente quer passar, de um homem simples, que come farofa na rua, que gosta de macarrão instantâneo e leite condensado”
Vaz já havia feito um levantamento, também por meio do Portal da Transparência, sobre o aumento de gastos dos cartões corporativos da presidência. Ele identificou que as despesas dispararam 108% na média mensal deste ano, em comparação a 2021.
À coluna de Bela Megale, do portal O Globo, o deputado informou que pediu investigação ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os gastos nos cartões corporativos no período eleitoral, que somam R$ 9,1 milhões.