Relatório da Defesa que não aponta fraudes nas eleições e é comemorado por TSE

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O relatório das Forças Armadas sobre as eleições deste ano, divulgado na noite desta quarta-feira (9), não identificou fraudes no pleito e foi comemorado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

“O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que, assim como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”, disse a nota do TSE, assinada pelo presidente do órgão, Alexandre de Moraes. 

O relatório é fruto de um acordo realizado entre as Forças Armadas e o TSE. Após intensa pressão dos militares, Moraes cedeu a uma parte dos pedidos da categoria para fiscalizarem a votação, concordando com testes biométricos. 

De fato, o relatório da Defesa não aponta fraudes, mas os militares evitaram endossar categoricamente o pleito, preferindo usar linguagem ambígua. 

No documento de 62 páginas, eles especulam sobre possíveis vulnerabilidades das urnas, dizendo que “não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”.

O relatório sugere que seja criada com urgência uma comissão, integrada por “técnicos renomados da sociedade e por técnicos representantes das entidades fiscalizadoras”, para investigar possíveis vulnerabilidades. 

Moraes reconheceu o pedido, dizendo que “as sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas”.

“O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e que as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, a lisura e a total transparência da apuração e da totalização dos votos”, finaliza o comunicado de Alexandre de Moraes. 

Relatórios de outras entidades que fiscalizaram o pleito já haviam respaldado as eleições brasileiras. Tanto o TCU (Tribunal de Contas da União), a OEA (Organização dos Estados Americanos) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) destacaram a ausência de irregularidades. 

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