De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) quase três milhões de brasileiros estão desempregados há mais de 2 anos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12).
Foram constatadas 2,985 milhões de pessoas nesta situação no país ao final do segundo trimestre de 2022. Isso representa 29,6% do total de desempregados, que somam 10,080 milhões de brasileiros, no período de abril a junho deste ano.
O grupo de pessoas que estão desempregadas entre um e dois anos, no segundo trimestre de 2022, foi de 1,227 milhão. Este número abaixou em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando eram 1,546 milhão.
Entre os que buscam emprego há mais de um mês e menos de um ano, foram registradas 4,287 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2022, ou 42,5% do total de desempregados. No primeiro trimestre, esse número era de 4,879 milhões ou 40,8% do total.
Já o número de brasileiros que buscam emprego há menos de um mês foi de 1,581 milhão no segundo trimestre de 2022, 15,7% do total. No primeiro trimestre eram 2,060 milhões.
Quanto mais tempo o trabalhador fica desempregado, maior é a dificuldade dele em conseguir uma recolocação no mercado de trabalho. Ao todo, o país reúne 4,3 milhões de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego por não acreditar que há oportunidade ou por outros motivos.
No segundo semestre deste ano, o que avançou foi o trabalho informal, em que grande parte das pessoas sequer chega a atingir uma renda mensal de um salário mínimo (R$ 1.212).
Ao todo, 39,3 milhões de pessoas foram constatadas ao final do segundo trimestre de 2022 exercendo atividade de trabalho de baixa qualidade, sem carteira assinada, vivendo dos populares “bicos”, o que contribuiu para que a renda do trabalhador recuasse em 5,1% na comparação anual. No segundo trimestre, o rendimento habitual do trabalho foi estimado em R$ 2.652. No mesmo intervalo de meses de 2021, a renda média era de R$ 2.794.