Pastor incita ódio contra judeus e é condenado a 18 anos de prisão  

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O Pastor Tupirani da Hora Lores, líder radical da Igreja Pentecostal, disse em culto que os judeus deveriam ser ‘envergonhados, como na Segunda Guerra’. Ele foi condenado à pena de 18 anos de reclusão por promover discursos de ódio contra a comunidade judaica em seus cultos e divulgá-los nas redes sociais.  

Na sentença proferida pela juíza Valeria Caldi Magalhães, nesta quinta-feira 30, ela afirma que “o réu se valeu de sua condição de pastor de uma comunidade religiosa para a prática do crime, o que incrementa o potencial de induzir os seguidores a agirem de modo similar”. 

O pastor já havia sido alvo de busca e apreensão durante a Operação Shalon, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março do ano passado e preso preventivamente durante a Operação Rofésh, em fevereiro deste ano.  

Os episódios se repetem há mais de uma década, em 2009, o pastor Tupirani foi a primeira pessoa condenada por intolerância religiosa no Brasil. Já em 2013, ele e outros seguidores foram presos por racismo, homofobia e xenofobia. 

A Igreja Geração Jesus Cristo que ele lidera no Rio de Janeiro é conhecida por espalhar pela cidade cartazes com a inscrição “Bíblia sim, Constituição não”. 

Os alvos do discurso de ódio do pastor também eram a população LGBT, bem como as religiões de matriz africana e as instituições públicas.  

Além dos crimes de racismo e ameaça, o pastor responderá por incitação e apologia de crime, e caso seja condenado, a pena pode chegar a 26 anos de reclusão. A defesa ainda pode apresentar recurso diante da decisão. 

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