É condenado a 56 anos de prisão homem que matou e enterrou a mulher e a enteada em Pompéia 

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O psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato, de 36 anos, foi condenado à pena de 56 anos e 4 messes de reclusão em regime fechado, nesta terça-feira (14). 

Ele é acusado de matar e enterrar os corpos da esposa, de 34 anos e da enteada, de 9 anos, no ano passado em Pompéia.  

O julgamento foi realizado no Fórum de Pompeia (SP), em sessão do Tribunal do Júri, que durou cerca de oito horas. 

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o psicólogo foi condenado por dois homicídios qualificados (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio), dois crimes de ocultação de cadáver, e um crime de corrupção de menores. 

Na sentença, a Justiça também definiu que o réu não poderá recorrer em liberdade e, com isso, Fabrício Buim deve retornar para a penitenciária de Tremembé (SP), onde já estava preso. 

A filha de vítima, de 17 anos, participou do júri. Ela é acusada de envolvimento nos crimes e foi quem apontou à Polícia onde estariam enterrados o corpo da irmã.  Ela negou participação no crime, mas a polícia acredita que ela deu cobertura ao padrasto e ajudou a enterrar os corpos.  
Cristiane Pedroso dos Santos Arena, de 34 anos, e sua filha Karoline Vitória dos Santos Guimarães, de apenas nove anos, estavam desaparecidas desde novembro de 2020. Os corpos delas foram encontrados enterrados no quintal da casa onde moravam, sob um contrapiso de concreto, no dia 2 de fevereiro de 2021. 

Em depoimento à polícia, Fabrício detalhou que matou a esposa em uma briga, em suposta legítima defesa, com um golpe de faca. Em seguida, ele admitiu que matou a menina asfixiada com a mão quase um mês depois porque ela estaria perguntando muito sobre a mãe. 

Porém, o laudo do IML que apontou a causa das mortes trouxe informações diferentes que contradizem a versão do acusado. A polícia acredita que as vítimas estariam dormindo quando foram mortas. 

A principal linha de investigação da Polícia Civil foi de que a adolescente apreendida mantinha um envolvimento amoroso com o padrasto. Por isso, além do duplo homicídio e ocultação de cadáver, Fabrício é investigado por estupro de vulnerável pois teria abusado sexualmente da enteada mais velha há vários anos. 

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