Na terça-feira (22), Doria afirmou que poderá abrir mão de sua pré-candidatura à Presidência em nome da viabilidade de uma terceira via. De acordo com o governador, sua campanha e as pré-candidaturas do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e da senadora Simone Tebet (MDB) devem convergir para um único nome no futuro.
A declaração aconteceu durante o evento virtual do banco BTG Pactual, e ocorre num momento em que uma ala do PSDB questiona a viabilidade eleitoral do governador de São Paulo. Formado por ex-presidentes do partido, como o deputado Aécio Neves e os ex-senadores José Aníbal e Tasso Jeiressati, um grupo anti-Doria articula uma nova reunião para aumentar a pressão para a retirada da candidatura do paulista.
O argumento dos tucanos descontentes é que existe um risco de que a alta rejeição do eleitorado a Doria contamine o resultado dos correligionários.
— Não vou colocar o meu projeto pessoal à frente daquilo que sempre foi a índole. O meu país é mais importante do que eu mesmo. Se chegar lá adiante e, lá adiante, eu tiver de oferecer o meu apoio para que o Brasil não tenha mais essa triste dicotomia do pesadelo de ter Lula e Bolsonaro, eu estarei ao lado daquele ou de quantos forem os que serão capacitados para oferecer uma condição melhor para o Brasil — disse Doria.
Ao citar conversas do PSDB com Cidadania, MDB e União Brasil, Doria defendeu que as pré-candidaturas da chamada terceira via se mantenham por enquanto, “até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários”. Quem são os pré-candidatos à Presidência em 2022
— Lá adiante, diante das circunstâncias, verificaremos quem pode, quem precisa abrir mão (da candidatura) — acrescentou Doria.