O ditado é antigo, mas cai como uma luva: “quem vê close, não vê corre”. O empresário João Henrique Pinheiro, que em 2024 estampou manchetes como o candidato mais rico do Brasil, hoje troca o volante de carros de luxo por grades — e aguarda ser trazido de volta ao país pela Justiça brasileira.
Preso desde 27 de maio em Madri, na Espanha, Pinheiro teve o nome incluído na lista da Interpol a pedido da Bolívia, onde responde por estelionato ligado a um contrato milionário para implantação de uma refinaria de açúcar em Tarija, firmado em 2019.
Na época da campanha, declarou patrimônio superior a R$ 2,8 bilhões, incluindo empresas, imóveis e até uma Ferrari que virou símbolo de ostentação nas carreatas.
Justiça bate o martelo: Brasil quer priorizar cumprimento da pena
A Justiça de Marília entendeu que, antes de explicar a história boliviana, João precisa prestar contas por aqui:
ele foi condenado a dois anos em regime aberto por outro estelionato e mantém residência e família na cidade.
O Ministério Público deu parecer favorável à extradição, e agora cabe ao Ministério da Justiça iniciar o processo de trazê-lo de volta.
O caso se enquadra no tratado de extradição entre Brasil e Espanha, que garante reciprocidade jurídica entre os dois países.
Bolívia atrasou documentos, mas processo segue vivo
A defesa explica que o contrato internacional não passou de um desacerto comercial, que chegou a ser arquivado pelo Ministério Público boliviano em 2022 — mas foi reaberto em 2023 sem nova intimação ao empresário.
Quando aterrissou em Madri, Pinheiro nem sabia que estava na mira da Interpol.
O prazo inicial da Bolívia para enviar documentos de extradição venceu em julho, porém o processo seguiu tramitando no país vizinho.
O STF já negou habeas corpus ao ex-candidato, entendendo que não tinha competência sobre uma prisão ordenada pela Justiça espanhola.
Patrimônio bilionário, empresa falida e estreia frustrada na política
Candidato pelo PRTB, João Pinheiro estreou na vida pública como quem chega chutando a porta:
Carros de luxo nas ruas
R$ 2,8 bilhões declarados
Empresa com falência decretada e depois revertida
À época, respondeu com confiança às críticas:
“As pessoas precisam saber que não estou na política para ter carros de luxo. Eu já os tenho.”
Hoje, o cenário é outro: onde antes havia fotografias de campanha, agora há registros do sistema prisional europeu.
E o povo pergunta: e agora?
A novela jurídica do empresário segue com novos capítulos por vir.
Marília assiste atenta — afinal, não é todo dia que um candidato bilionário troca a cabine da Ferrari pelo cativeiro judicial.
Se o mundo dá voltas, a justiça dá de ré e volta pra buscar.
JP JORNAL O POPULAR segue acompanhando cada movimento dessa história que mais parece roteiro de filme.
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